AB InBev estima resultado melhor em 2021, mas impacto nas margens
A Anheuser-Busch InBev estimou nesta quinta-feira lucro “significativamente” melhor em 2021, após as vendas no Brasil e no México e um grande crédito fiscal beneficiarem os resultados da maior cervejaria do mundo no final de 2020.
A fabricante das cervejas Budweiser, Stella Artois e Corona previu um aumento no consumo de bebidas e preços mais altos conforme os países se recuperam da pandemia de Covid-19.
No entanto, projetou custos mais elevados com a compra de commodities denominadas em dólares, como cevada e alumínio em reais e outras moedas locais, e de uma mudança impulsionada pela pandemia para mais consumo doméstico.
A AB InBev disse que o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização caiu 2,4%, para 5,07 bilhões de dólares no quarto trimestre.
Apesar da queda, o tal resultado ficou acima da previsão média do mercado, de 4,8 bilhões de dólares, mas foi impulsionado por um crédito tributário no Brasil. Excluindo esse efeito, a queda do lucro foi pior do que a queda média de 1% esperada em um consenso compilado pela empresa.
No geral, as margens foram espremidas por uma mudança para latas descartáveis mais caras usadas para beber em casa em relação a barris reutilizáveis mais baratos e garrafas de vidro retornáveis usadas em bares e restaurantes, bem como taxas de frete mais altas.
No Brasil, o segundo maior mercado da AB InBev, a empresa vendeu 11,9% mais cerveja no quarto trimestre do que no ano anterior.