A volta de Bolsonaro: Ex-presidente começa criticando imposto sobre gasolina

De volta ao Brasil, o ex-presidente Jair Bolsonaro já deu expediente em suas redes sociais. Por meio de sua conta no Twitter, Bolsonaro criticou a decisão do Conselho de Política Fazendária (Confaz) de fixar uma alíquota única de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre a gasolina e o etanol.

Segundo Bolsonaro, a taxa de R$ 1,45 por litro encareceria a gasolina em 11,45% a partir de 1º de julho, quando entraria em vigor. O ex-presidente não cita de onde tirou a estimativa, mas ela é a mesma divulgada por uma reportagem da CNN Brasil, baseada em projeções dos economistas Andrea Angelo e Felipe Salto, da Warren Rena.

– Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) decide mudar ICMS da gasolina para R$ 1,45. Nova regra aumenta em cerca de 11,45% o preço do combustível.

– A alíquota passará a vigorar a partir de 1º de julho.

– O NOVO VALOR É SUPERIOR A TODOS OS ATUALMENTE PRATICADOS.

— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) March 31, 2023

Leia também

Dólar

Dólar sobe a R$ 5,81 com expectativa pelo pacote fiscal e tensão entre Rússia e Ucrânia

Mercados

Petróleo sobe 2% com escalada das tensões entre Ucrânia e Rússia

Bolsonaro mantém briga antiga com preço dos combustíveis

Como se sabe, o preço dos combustíveis é uma pauta cara a Bolsonaro desde que ocupava o Palácio do Planalto. Isto, porque parte de sua base eleitoral é formada por caminhoneiros e motoristas de aplicativos como o Uber. Ainda como presidente, Bolsonaro criticou publicamente a política de preços da Petrobras (PETR4) e trocou três vezes o presidente da estatal, na expectativa de que os reajustes cessassem.

A reunião do Confaz, que reúne os secretários estaduais da Fazenda, para referendar a decisão está prevista para esta sexta-feira (31). O valor de R$ 1,45 por litro, contudo, pode ser menor. De acordo com a edição de hoje do jornal Valor Econômico, o Confaz deve aprovar a redução para R$ 1,22.

Ao jornal, o presidente do Confaz, Carlos Eduardo Xavier, explicou que a taxa de R$ 1,45 não era definitiva e, portanto, estava sujeita a ajustes. Segundo ele, o novo valor impedirá que os Estados percam arrecadação, ao mesmo tempo em que cumpre a determinação do STF (Supremo Tribunal Federal) de que a gasolina deve ser tributada como um bem essencial.