A visão da JBS (JBSS3) sobre o Brasil, retorno de Trump e o mercado do SAF; os destaques do Agro Times
A primeira semana cheia de novembro contou com temas relevantes dentro do agro, com a divulgação dos resultados da BrasilAgro (AGRO3) e o pagamento de dividendos da Irani (RANI3). Além disso, no AgroForum, Kepler Weber (KEPL3), 3tentos (TTEN3) e Rumo (RAIL3) falaram sobre a busca por ganhos logísticos.
Fora isso, ouvimos a diretora de finanças corporativas e relações com investidores da Klabin (KLBN11), que falou sobre o novo momento da companhia, com foco na desalavancagem.
Nesta semana, estão previstos os resultados da São Martinho (SMTO3), SLC Agrícola (SLCE3), Boa Safra (SOJA3), Jalles Machado (JALL3), Raízen (RAIZ4), BRF (BRFS3), JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3).
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Os temas que mais se destacaram na última semana
5º lugar – Minerva (BEEF3): Saiba como 4 analistas viram os resultados do 3T24; ações tombam
A Minerva (BEEF3) reportou seus resultados referentes ao terceiro trimestre de 2024 (3T24) na última quarta-feira (6), vistos como positivos por diversos analistas. O Ebitda da empresa atingiu R$ 813 milhões, o que representa uma máxima histórica, com aumento de 14% em comparação com o mesmo período de 2023 (a/a).
4º lugar – Duas ações do agronegócio devem crescer com vitória de Trump
Na visão de Régis Chinchila, analista-chefe do Terra Investimentos, a vitória do republicano deve afetar diretamente as ações das empresas ligadas ao agronegócio brasileiro, criando um ambiente de maior volatilidade.
Segundo o analista, o cenário pode beneficiar JBS, por conta do fortalecimento das exportações de carne, e SLC Agrícola, devido ao aumento da demanda chinesa por soja e milho.
Top 3 do agro
3º lugar – Como deve ficar o agro do Brasil com o retorno de Donald Trump à Casa Branca?
Donald Trump desbancou Kamala Harris e retornou ao comando da principal economia do mundo. O candidato republicano conquistou o estado de Wisconsin, somando 277 delegados e superou o total de 270 votos necessários para ser eleito, segundo a agência de notícias The Associated Press.
Desde o começo de 2024, o agronegócio dos EUA e do Brasil tentava entender os efeitos que uma possível retomada de Trump representaria.
Segundo Leandro Consentino, doutor em ciência política pela USP e professor no Insper, em primeiro lugar do candidato republicano representa um distanciamento do governo brasileiro.
Para Ricardo Mussa, CEO da Cosan Investimentos e ex-diretor-executivo da Raízen (RAIZ4), o Brasil tem tudo para protagonizar as discussões sobre a transição energética global.
O líder da frente empresarial da força-tarefa de Transição Energética e Clima do G20 afirmou que o país possui condições ambientais e regulatórias para liderar as discussões. A declaração foi realizada no AgroForum, evento promovido pelo BTG Pactual na última quinta-feira (4).
Durante o debate, Mussa afirmou que a crescente demanda por biocombustíveis representa oportunidade para o Brasil, inclusive em relação ao combustível sustentável de aviação (SAF).
“É idiotice exportar etanol para países europeus fabricarem SAF lá. Acho que o SAF no Brasil será para exportação e o mercado desenvolvido, como Europa, Estados Unidos e Ásia, terá demanda suficiente para absorver o que o Brasil pode produzir”, disse.
O conselheiro e acionista da JBS (JBSS3) e da Pilgrim’s Pride, Wesley Batista, disse que o Brasil precisa melhorar a imagem do seu agronegócio brasileiro e disse que precisamos torcer para o touro e não o toureiro.
“Precisamos deixar de nos autoflagelar. Nós temos a maior matriz energética limpa do planeta. Temos problemas? Sim, mas fica apenas o problema. Precisamos de uma linha de país e nós, empresários, mostrarmos o que fazemos de bom no setor. O produtor brasileiro é sério, preocupado em preservar. Não há lugar que tenha um sistema financeiro tão avançado como no Brasil. Nos EUA ainda mandamos cheque pelo correio”, afirmou.