Comprar ou vender?

A virada do Santander (SANB11) que pode trazer retornos de 28%, segundo Bradesco BBI

03 maio 2024, 13:20 - atualizado em 03 maio 2024, 13:26
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O Santander Brasil realizou uma dolorosa, mas necessária, limpeza, destaca Bradesco (Imagem: Kaype Abreu/Money Times)

Os analistas, por anos, ficaram de mal do Santander (SANB11). O principal argumento era a falta de resultados e margens fracas. Porém, isso parece estar perto de mudar, após o banco entregar números que, enfim, mostraram que o pior ficou para trás.

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E a largada foi dada pelo Bradesco BBI. A corretora elevou a recomendação de venda para compra em uma tacada só, com preço-alvo de R$ 37, potencial de alta de 28%. Segundo os analistas Gustavo Schroden e Renato Chanes, “tempos ruins não duram para sempre”.

“O Santander Brasil realizou uma dolorosa, mas necessária, limpeza de seu balanço entre 2022 e 2023, reduzindo drasticamente o crescimento de seus empréstimos para melhorar a qualidade dos ativos”, colocam.

Os analistas lembram que isso ficou evidente na lucratividade do primeiro trimestre. O banco registrou lucro líquido gerencial de R$ 3,021 bilhões no primeiro trimestre de 2024 (1T24), uma alta de 41,2% em relação ao mesmo período de 2023.

“Após quase dois anos difíceis, digerindo empréstimos ruins e receitas fracas, vemos o Santander Brasil de volta ao caminho para entregar rentabilidade (ROEs) de 16 a 17,5% em 2024 e 2025, acima da média dos últimos seis trimestres de 11,9%”

Dessa forma, Schroden e Chanes aumentaram as estimativas de lucro líquido em 5,8% para R$ 14 bilhões estimados para 2024 e 8,0% para R$ 16,9 bilhões para 2025, 8,8% e 6,7% acima das estimativas do consenso para 2024 e 2025.

Santander: tempos de sol

Na visão do Bradesco, o Santander irá passar por uma série de notícias positivas, entre elas:

  1. crescimento mais rápido dos empréstimos;
  2. m mix mais adequado;
  3. maiores ganhos de Tesouraria;
  4. um menor custo de risco, que já começou a mostrar tendências positivas no 1T24.

“Notavelmente, as units SANB11 ainda estão sendo negociadas com descontos de 20% e 22% em relação à média histórica, a múltiplos de 1,2x o P/VPA (preço sob valor patrimonial) estimados para 2024 e 7,7x o P/L (preço sobre lucro) para 2024, apesar de seu desempenho ter superado os pares nos últimos três meses”, completa.

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