Política

A única forma de Bolsonaro ficar inelegível, segundo seus advogados

07 abr 2023, 11:00 - atualizado em 06 abr 2023, 14:59
Bolsonaro
Bolsonaro levantou suspeitas contra as urnas eletrônicas sem apresentar provas em reunião com embaixadores. (Imagem: REUTERS/Marco Bello)

O ex-presidente Jair Bolsonaro tem uma lista de processos em suas costas. No entanto, apenas uma única ação é a que mais preocupa o seu time jurídico no que diz respeito a uma eventual inelegibilidade: a de ataque ao o sistema eleitoral brasileiro.

Segundo informações de Bela Megale colunista do jornal O Globo, os advogados de Bolsonaro já o alertaram para o alto risco dessa ação. No ano passado, durante uma reunião com embaixadores, ele levantou suspeitas contra as urnas eletrônicas sem apresentar provas.

 

  • Entre para o Telegram do Money Times!
    Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo. Clique aqui e faça parte!

Bolsonaro é acusado de abuso de poder econômico e uso indevido de meios de comunicação para tentar invalidar o resultado eleitoral. Para a equipe, houve a demonstração do chamado “ato personalíssimo”. Significa que o fato de o ex-presidente ter participado diretamente dos ataques aos sistema eleitoral, impede que ele tente se eleger em um futuro pleito.

Já as demais ações que são movidas contra ele, segundo a sua equipe, poderiam resultar em cassação, caso Bolsonaro tivesse um mandato em vigência.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ação contra Bolsonaro: Próximos passos

Na última sexta-feira (31), foi concluída a fase de coleta de provas do processo, que é a ação mais avançada contra Bolsonaro. Também foi aberto o período para que o Ministério Público Eleitoral e as partes (PDT e a defesa da chapa eleitoral de Bolsonaro) se manifestem.

O período para manifestações deve se encerrar na próxima quarta-feira (12). Depois disso, o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Benedito Gonçalves, fará o resumo do processo e o voto sobre a matéria. O próximo passo é o julgamento, que caberá ao presidente do TSE, Alexandre de Moraes, marcar a data. Não há, por ora, previsão de isso ocorrer.

A ação deve ser julgada pelos sete ministros do TSE sem a participação do atual vice-presidente da corte, Ricardo LewandowskiEle anunciou que vai antecipar a sua aposentadoria do Supremo Tribunal Federal (STF) para o dia 11 de abril, o que o impedirá de participar do julgamento no TSE.

*Com Zeca Ferreira