A tese de investimento do “indivíduo soberano”
Phil Bonello, da Messari, acredita que a tecnologia da informação muda as dinâmicas de poder da sociedade a favor do indivíduo.
Alavancando essas ideias popularizadas pelo livro “The Sovereign Individual”, o especialista acha que essa macrotendência vai se manifestar de três formas diferentes:
1. A internet equilibra o acesso à informação aos recursos, que irão impulsionar o empreendedorismo global e fomentar a desigualdade de renda entre as jurisdições.
2. Os criptoativos, especialmente o bitcoin, vão reinar em uma nova era de serviços financeiros globais enquanto casos de uso migram de especulação para “soluções que facilitam a integração com requisitos mínimos de confiança, custódia e comércio”.
3. A criptografia cria um sistema de software mais seguro e mais resistente à censura, transferindo o poder adquirido por empresas de mineração de dados de volta ao usuário, apesar da falta de incentivos necessários para atrair a demanda de usuários a serviços de criptografia e de tecnologia.
Cada tese representa uma “grande oportunidade” para o indivíduo e para o investidor visionário. Assim como a internet, a tecnologia de criptoativos está derrubando barreiras para fornecer acesso amplo a serviços digitais.
Além disso, a resistência dos incumbentes e dos governos em relação a esse movimento são fúteis já que a disseminação de informações disponíveis é inevitável.
As ações feitas pelas governos e incumbentes podem acelerar uma mudança em direção a um futuro soberano. Ray Dalio fala sobre esse sentimento. O paradigma em que estamos é insustentável e as pessoas irão migrar para tecnologias emergentes que forneçam refúgio das iminente consequências negativas.
Bonello destaca que o caso de uso predominante para dinheiro digital é especulação. Investidores interessados em criptoativos estão seguindo a moda, empurrando fundos a empresas que facilitam especulação, como plataformas de negociação e fundos de criptos. Esse não é mais o pensamento contrário.
Em consequência, mais investimentos podem começar a circular em serviços que almejem facilitar os serviços financeiros com requisitos mínimos de confiança como custódia autossoberana, plataformas descentralizadas (DEX) e negociações diretas entre fiduciárias e criptoativos.