Comprar ou vender?

A ‘seleção’ dos investidores no setor varejista, segundo o BTG

28 set 2024, 15:00 - atualizado em 27 set 2024, 19:08
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(Imagem: Pixabay/ athree23)

O BTG Pactual disse nesta semana que a Renner (LRNN3) é uma das ações do varejo mais próximas de unanimidade entre investidores locais, em uma mudança clara em relação a alguns meses atrás, dado a melhora da companhia e avaliação “decente”.

O banco sublinhou que o setor é altamente correlacionado com a perspectiva macro, assim como o desempenho das ações, e disse ver como as melhores escolhas do setor os papéis de Mercado Livre (MELI34), Vivara (VIVA3), Renner (LREN3), Grupo Mateus (GMAT3) e Smartfit (SMFT3).

O BTG diz que investidores têm adotado exposição leve a ações do setor varejista e demonstrado preocupações sobre os efeitos de taxas de juros mais altas no consumo e nos lucros.

“Embora os investidores concordem que os fundamentos estão melhorando gradualmente, após dois trimestres com crescimento decente de vendas e expansão de margem, ainda há espaço limitado para revisões para cima (com algumas exceções notáveis) nas estimativas de lucros das empresas”.

Papel barato não tem sido suficiente para investir na maioria dos nomes nacionais, diz o BTG.

O banco diz que o otimismo renovado com a economia brasileira pode ser “temperado” por uma inflação maior do que o esperado e taxas de juros mais altas.

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O que mais os investidores olham

Mercado Livre (MELI34) é bem-visto pelos investidores, disseram os analistas, embora com algumas posições reduzidas após o recente rali, com a ação subindo 33% nos últimos três meses.

O BTG disse que os investidores têm dúvidas sobre as potenciais sinergias da Azzas 2154 (AZZA3) nos próximos trimestres, ficando ainda em “modo de espera”.

Vivara (VIVA3) é outro consenso, com investidores assumindo uma postura mais otimista após o segundo trimestre e com o momento operacional mais forte da empresa, disse.

Segundo o BTG, os investidores locais têm um viés mais negativo sobre os varejistas de alimentos Assaí (ASAI3) e Carrefour (CRFB3) com base nas perspectivas de crescimento fraco e na alavancagem financeira das empresas.