A resposta das gigantes brasileiras à nacionalização da Shein e acordo com Haddad
O Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), associação que reúne mais de 60 empresas como Magazine Luiza (MGLU3), Americanas (AMER3) e Petz (PETZ3), cobrou que o governo federal elabore regras “mais justas” para competição entre empresas nacionais e estrangeiras no território brasileiro.
O presidente do Instituto, Jorge Gonçalves Filho, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniram na quinta-feira (20). A conversa aconteceu após Haddad anunciar que a Shein pretende nacionalizar sua produção e o recuo do governo na taxação de importações.
O ministro prometeu implementar um plano para evitar que varejistas estrangeiras driblem a taxação da Receita Federal. Mais cedo, em reunião com a Shein, a chinesa se comprometeu a aderir e normalizar as relações com a Fazenda, mas pediu que a regra valha para todas as empresas.
Haddad ainda garantiu que um grupo de trabalho será montado para trabalhar na “adequação”. O time será composto por até cinco pessoas indicadas pelo IDV. “Precisamos fazer essa adequação o quanto antes. Para nós, é urgente”, disse Gonçalves Filho.
Shein no Brasil
A Shein pretende investir em fábricas no Brasil para produzir seus produtos em território nacional, disse Haddad na quinta-feira (20). O ministro afirmou que a varejista chinesa quer nacionalizar 85% das vendas nos próximos quatro anos.
A plataforma de e-commerce ainda firmou compromisso com o governo brasileiro para criação de 100 mil empregos no país.
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Haddad ainda afirmou que é “muito importante que eles vejam o Brasil não apenas como um mercado consumidor, mas também como uma economia de produção”.
“Vai ganhar o comércio, a atividade econômica. Vamos ter geração de emprego. Estamos no caminho que parece justo”, disse o ministro, após se reunir com representantes da Shein no gabinete em São Paulo.