Política

A reprovação de Bolsonaro e 98% da internet ao imposto sindical

23 ago 2023, 8:10 - atualizado em 22 ago 2023, 19:51
Bolsonaro
Bolsonaro e 98% da internet reprovou a volta do imposto sindical, destaca consultoria (Imagem: REUTERS/Marco Bello)

A possível volta do imposto sindical teve uma repercussão negativa nas redes sociais na segunda-feira (21). O repercussão veio após informações de que o Ministério do Trabalho estaria desenvolvendo uma proposta para retomar a contribuição circularem na mídia.

O assunto despertou 32,5 mil publicações nas redes sociais, sendo que 98% dos perfis se manifestaram contrários à medida, segundo levantamento da consultoria Arquimedes. O grupo que defendeu a contribuição correspondeu a apenas 2%.

O pico de menções ao assunto ocorreu por volta das 9h00 e veio após a publicação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Aumento de impostos, taxas, desemprego, fuga de investidores, mais estado, Foro de SP e agora a volta triplicada do imposto sindical. O alvo sempre foi você, somos apenas um obstáculo nesse enredo”, criticou Bolsonaro.

A publicação do ex-presidente teve o maior engajamento entre aquelas sobre o assunto e atingiu 33,7 mil interações, segundo a consultoria. Além de Bolsonaro, outros nomes da sua base de apoiadores também tiveram destaque, como: o influenciador Kim Paim (16,7 mil interações) e o senador Rogério Marinho (4 mil interações).

“Os perfis, de grande alcance e diálogo sólido com própria base, angariaram endosso das críticas pelos outros internautas e, assim, seguiram na esteira do post de Jair Bolsonaro”, diz a Arquimedes.

Já entre os apoiadores da medida, o destaque vai para o presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros, Antonio Neto (303 interações), e o professor e jornalista Ricardo Pereira (1,7 mil interações).

O que o Governo quer com o imposto sindical?

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, tem afirmado que a intenção não é recriar o imposto sindical, mas sim encontrar uma nova forma de financiamento para os sindicatos.

A ideia seria fixar um teto para a nova taxa de até 1% do rendimento anual do trabalhador. Trata-se de três dias e meio de trabalho, ante o imposto sindical de um dia de trabalho de antes da reforma.

Segundo as centrais sindicais, a taxa seria atrelada às negociações de aumento dos salários, vale-refeição e demais direitos. Ou seja, para avançar com as reivindicações da categoria, os trabalhadores precisam aprovar em assembleia o percentual da taxa.

A proposta seria entregue ao Congresso em setembro, mas ainda precisa passar pelo aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Procurado pelo Money Times, o Ministério do Trabalho afirmou que “não tem feito nenhuma discussão a respeito da volta do imposto sindical.

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