Se você seguir investindo nesses títulos, empolgado com a performance passada, não se dando conta de que ela se deu por uma conjuntura temporária não recorrente, vai apenas estar tomando muito mais risco (pois as taxas podem subir novamente caso haja alguma crise) para não ter o mesmo potencial de retorno. É o oposto do que um investidor consciente de médio prazo deve fazer.
A busca em sua carteira deve ser sempre por aumentar o potencial de retorno, minimizando o risco.
Por esse motivo, de tempos em tempo, a depender do cenário macroeconômico, é importante você rebalancear a sua carteira retirando aqueles ativos que já andaram bastante e já estão próximos do seu objetivo de preço e incluindo novos ativos com maior potencial e mais distantes no nível justo de preço.
Esse tipo de carteira é a mais vencedora do longo prazo. Correr riscos excessivos pode te dar um bom retorno em um ou dois casos. Mas fazer isso de forma recorrente apenas irá te aproximar dos prejuízos.
A renda fixa agora virou um ativo com baixo retorno e alto risco, depois de anos e anos sendo a principal performance das nossas carteiras.
Enquanto a economia ainda estava fraca, as ações não performaram tanto ao mesmo tempo que os juros caíram por redução da inflação.
Agora estamos esperando uma retomada da atividade para 2020 e 2021, o que será muito positivo para o preço das ações, enquanto a queda da Selic para 4,5% já está embutida nos preços dos títulos públicos.
O cenário mudou!
E você tem que repensar a sua carteira também.
Artigo escrito por Marília Fontes
Sócia-fundadora da Nord Research e especialista em Renda Fixa