A rede ilegal de venda de drogas por trás do Snapchat
O Snapchat vem encarando diversos problemas com relação ao uso da rede social como plataforma para a venda ilegal de drogas nos EUA.
Desde outubro de 2021, após investigações da NBC revelarem a extensão da rede por trás do comércio ilegal de sintéticos e suas numerosas mortes, a Snap Inc. – empresa responsável pelo Snapchat – se comprometeu a desenvolver novos mecanismos de monitoramento, além de ferramentas de apoio àqueles que buscassem pelos produtos.
Apesar de seus esforços para solucionar o tema, as consequências já são irreparáveis. De acordo com dados do governo norte-americano, cerca de 7 mil jovens perderam suas vidas em decorrência do consumo de drogas vendidas através de redes sociais apenas em 2020.
Na terça-feira (18), quase três meses após a exposição dos casos, a empresa divulgou que 88% dos conteúdos publicados relacionados a drogas são detectados automaticamente por sistemas automatizados, enquanto os demais 12% são reportados pelos usuários.
Além dos números, a rede social também anunciou que usuários entre 13 e 17 anos contarão com dispositivos de controle parental ainda mais eficientes e novas “travas” na barra de buscas – que os impedem de pesquisar conteúdos relacionados a drogas e os encaminham para materiais educativos sobre o tema.
De acordo com a Drug Enforcement Administration, órgão responsável pelo controle de narcóticos nos EUA, as drogas comercializadas são vendidas aos jovens como ansiolíticos ou calmantes, mas na verdade contém altas doses de fentanil – um opioide 100 vezes mais forte que a morfina.
As pílulas falsificadas causam morte por envenenamento, já que em quantidades inadequadas, o fentanil é altamente letal.
Com 50% dos seus usuários abaixo dos 25 anos, o Snapchat está entre as redes sociais mais utilizadas do mundo, com cerca de 100 milhões de usuários apenas nos EUA. Apesar de ser utilizada como um meio de comunicação rápido e prático entre adolescentes, especialistas afirmam que sem o devido monitoramento, a plataforma pode se tornar “paraíso para traficantes”.