“A próxima Disney”: entenda como NFTs podem ajudar na contação de histórias
Recentemente, Tom Bilyeu, CEO da Impact Theory, participou do podcast Crypto Conversation, da Brave New Coin (BNC), apresentado por Andy Pickering, e contou sobre como entrou nesse mercado:
Entrei nesse setor porque eu estava tentando entrar no setor cinematográfico e eu tinha escrito um roteiro. Virou um filme de longa-metragem, mas eu estava infeliz com a forma que saiu.
Conheci dois empreendedores bem-sucedidos e eles me disseram: “se você quer controlar a arte, você deve controlar os recursos. Vamos criar uma empresa. Por que você não vem com a gente?”. Pensei: “vamos nessa”.
Acabamos criando várias empresas. Achei que demoraria 18 meses. Demorou 15 anos, mas funcionou.
Tom e seus parceiros começaram do zero e foram avaliados em mais de US$ 1 bilhão em cinco anos.
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Amazing work by @maciej_kuciara and @steveaoki pic.twitter.com/NSXzBcbGVW
— Tom Bilyeu (@TomBilyeu) June 15, 2021
Agora eu finalmente posso começar o estúdio que sempre quis construir. É chamado de Impact Theory. Meu objetivo é criar a próxima Disney. Produzimos histórias, histórias em quadrinhos, [programas de] TV e tudo o mais.
O nosso objetivo é contar um tipo de história a partir de milhares de ângulos diferentes, queremos criar o local mais capacitado da terra. [A empresa] é chamada de “teoria de impacto” porque a contação de histórias é minha teoria sobre como ter um melhor impacto em grande escala.
Uma das formas que Tom e sua equipe planejam causar um impacto é por meio de tokens não fungíveis (NFTs). Um funcionário persistente convenceu Tom de que ele deveria, apesar de tudo, considerar cripto.
Minha integração a cripto foi por conta de um funcionário que dizia: “Tom, preste atenção a cripto”. Eu respondi: “não sou um investidor. Eu sei como ganhar dinheiro. Não tenho interesse em aprender a como investir dinheiro”.
Mas ele não desistiria e, uma hora, eu percebi que [a questão] era sobre escassez digital. Agora, é claro, chamamos [essa escassez] de NFTs mas, lá atrás, não existiam.
Quando pensei bem novamente, percebi que iriam mudar meus negócios e eu imediatamente os entendi como um produto. Assim, há seis ou sete meses, quando NFTs começaram a bombar, eu pensei: “Uau, isso é realmente uma raridade digital. Está aqui e vamos entrar de cabeça nisso”.
Quando Tom disse que iria entrou de cabeça, ele realmente fez isso. O portfólio cripto de Tom é uma mistura de bitcoin (BTC), ether (ETH) e chainlink (LINK), bem como NFTs, é claro.
Comecei a investir milhões de dólares em cripto. Realmente acredito na tese bem explicada por Michael Saylor. Ele faz um trabalho melhor do que eu jamais imaginaria fazer. A informação está por aí.
As pessoas podem obter essa informação disponibilizada gratuitamente e é possível mudar radicalmente sua percepção ao obter conhecimento. A criadores que entenderem o que está acontecendo no nível tecnológico, NFTs mudam o jogo.
Estou trabalhando com o DJ Steve Aoki há vários anos. Criamos uma “webcomic” [história em quadrinhos on-line] chamada Neon Future, baseada em seus álbuns musicais.
NFTs se tornaram bem populares e é uma maneira bem interessante para nós estendermos esse universo de maneiras novas e empolgantes.
O primeiro projeto que fizemos foi uma colaboração com o artista chamado Maciej Kuciara, que trabalhou no universo cinematográfico da Marvel e em “Ghost in the Shell”.
Para a equipe de Tom, a mitologia e contação de histórias está intrínseca a tudo o que fazem. Embora ele esteja tentando criar a nova Disney, são os animes e os mangás que chamaram sua atenção.
Estou tentando impactar a cultura por meio de histórias. Então analisei quem está contando bem essas histórias. Não posso ir direto para as indústrias cinematográficas e televisivas. É muito caro para qualquer empreendimento criativo. Você vai fracassar em 19 de 20 vezes.
Então, se eu estivesse tentando entrar no setor de filmes e TV, eu iria falir. Estamos começando com quadrinhos.
Para você ter uma ideia sobre a diferença de escalas entre histórias de quadrinhos no Oriente e no Ocidente, um mangá é Demon Slayer. Vende mais do que Batman, Superman, Marvel e DC juntos.
[…] Então, nos últimos três anos, me apaixonei pelos animes e mangás de uma forma que eu nunca pude prever, mas estou completa e criativamente atraído pela forma como contam histórias.
Agora, se você combinar isso com o que está acontecendo no mundo blockchain e dos NFTs, tenho uma chance de destronar a Disney.
Uma coisa é contar uma boa história, mas as propriedades interativas e exclusivas dos NFTs permitem camadas completamente novas de contação de história, segundo Tom.
Ainda é cedo para dizer, mas a forma como as pessoas estão respondendo a NFTs deve demonstrar tudo o que você precisa saber para imaginar onde isso pode chegar. Eu adoro Mecha. São [uma espécie de] robôs, certo?
Digamos que eu pegue um NFT de uma série de carros, por exemplo. Talvez seja uma sequência de 10 mil artes criativas, seja o que for. Eu crio todas essas partes de robôs que, em seguida, você pode unir para construir um robô lutador e, agora, você tem um NFT. Talvez seja apenas arte.
Se está chovendo na vida real, está chovendo no seu NFT, certo? Então, agora, meus NFTs pegam ideias do mundo real. Já é o brinquedo mais legal que eu já tive, pois reage ao mundo real.
E se eu pudesse colocá-lo para lutar? Eu passei todo o tempo comprando essas partes que têm utilidade quando são unidas. Então, agora eu tenho um robô que é único, tanto em termos visuais como nas características. Agora, eu posso lutar contra outro robô que alguém construiu.
Imagine se meu NFT estiver conectado à arte que tenho em meu celular ou que estiver pendurada na minha parede. Agora, [o robô] pode ficar diferente, caso eu ganhe ou perca.
Se eu perder uma batalha, meu robô vai parecer destruído e a única forma de eu restaurá-lo é colocando-o novamente em uma disputa. Esse ganho ou perda é registrado no blockchain. Se estou vencendo, posso aumentar o valor, e se tenho 12 anos, isso possui um real valor para mim.
As coisas nas quais você investe são de fato suas e qualquer um que subestime isso será pego de surpresa com o que vai acontecer, pois vemos crianças gastando milhares de dólares — a cada aniversário ou Natal, sua mãe e seu pai compra skins no Fornite.
[NFTs] são apenas o próximo nível da mesma coisa e, sinceramente, é apenas o início. Será incrível.
A batalha de robôs “mecha” em NFTs descrita acima parece bem divertida, mas Tom vai ainda além. Quando acrescentamos camadas de realidade virtual (VR) e realidade aumentada (AR), NFTs podem desbloquear ainda mais possibilidades.
Ainda acho que estamos a alguns anos distantes [de uma realidade parecida a] do Jogador Número Um. Porém, como um estúdio digital, podemos usar NFTs em outras coisas — como na exibição de artes conceituais — então você pode perceber a evolução da propriedade intelectual.
Agora, podemos colocar outdoors dentro de um setor no Decentraland. Em breve, haverá uma troca contínua entre você e um NFT que te dá acesso a uma área específica em um desses mundos, permitindo que você participe de um jogo que ninguém mais tem acesso.
Com aquele avatar NFT em bits que você comprou, você pode baixar novos passos de dança ou movimentos ou coisas diferentes para o jogo. Também será bem integrado. Realidade aumentada é ainda mais empolgante, pois está mais próxima.
Quando os óculos da Apple saírem nos próximos meses, você terá seu NFT favorito pendurado em seu ombro. Eu poderia ter meus robôs mecha de cinco, dez, vinte metros de altura bem atrás de mim através da realidade virtual. Quão bacana é isso?
A forma como poderemos nos comunicar com outras pessoas, encontrar pessoas que fazem parte nosso clube… Isso se torna bem interessante de uma forma bem rápida. Então, sim, isso está se aproximando.
Confira, abaixo, a participação de Tom no podcast Crypto Conversation da BNC (em inglês):