A posição do BNDES na privatização da Copel (CPLE6)
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Na votação do novo estatuto da Copel (CPLE6), o BNDES se posicionou de forma contrária à adoção da “poison pill” – que evita que acionistas tentem tomar o controle da companhia. O banco, que votou contra o processo, detém cerca de 24% do capital da estatal.
Em nota, o banco disse entender que o modelo de “corporation” proposto para a Copel, restringindo direitos políticos dos acionistas em no máximo 10% do valor representativo do capital social, “pode levar a um desequilíbrio dos interesses dos acionistas minoritários” da companhia.
Antes da reunião, o banco também havia pedido que a Copel retirasse de pauta discussões sobre migração para o Novo Mercado da B3, “por entender que tal mecanismo diluiria os interesses econômicos e políticos” do banco na companhia.
“A BNDESPar é acionista minoritária da companhia e considera a Copel uma empresa estratégica, que administra um monopólio natural fundamental para a segurança energética da região”, destacou o banco em nota divulgada na véspera.
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Novo estatuto da Copel
O estatuto reformado da elétrica traz ainda outros dispositivos, como a criação e emissão de uma “golden share” (ação de classe especial) para o governo do Paraná.
A aprovação do novo estatuto era um passo importante para o prosseguimento do processo de privatização da Copel, previsto para ser concluído ainda neste ano.
Ainda não há um cronograma oficial para lançamento da oferta de ações a mercado.
*Com informações da Reuters