A melhor ação do setor elétrico para passar pela crise hídrica (e uma para ficar longe)
Com o pior período de chuvas dos últimos 90 anos, o setor elétrico entra na estação seca com apenas 44% da capacidade dos reservatórios, ante 60% em maio do ano passado. Por isso, o Bank of America (BofA) decidiu rever a situação das concessionárias brasileiras.
De prático, quanto mais dependente da energia hidrelétrica, mais complicada é a situação das empresas analisadas. As geradoras de energia, por exemplo, tiveram suas estimativas reduzidas em 9% pelo BofA, devido à esperada alta dos preços da energia no mercado à vista, entre outros fatores.
Para o banco americano, a AES Brasil (AESB3) é a companhia mais exposta ao cenário adverso dos próximos meses. A combinação de falta de água nos reservatórios, elevada dependência de geração hidrelétrica (78% de sua produção) e aumento no preço à vista da energia levou o BofA a reduzir em 15% a estimativa de ebitda da empresa no biênio 2021-2022.
Vencedores
Isso não significa que todas as elétricas sofrerão tanto, quanto a AES Brasil. Na outra ponta, estão as que podem até sair ganhando com a situação. Uma das preferidas do BofA é a Omega (OMGE3). O banco elevou em 17% a estimativa de ebitda para o mesmo biênio, e reforçou sua recomendação de compra para os papéis.
Gerando energia a partir de parques eólicos, solares e hidrelétricas, a Omega “poderia se beneficiar com os maiores preços da energia”, segundo os analistas. Além do negócio de geração, a companhia também possui uma comercializadora de energia elétrica.
Outra empresa com recomendação de compra é a Engie Brasil (EGIE3), “devido à exposição relativamente limitada ao cenário desafiador, mais opções de crescimento”.