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A maior pagadora de dividendos do mundo é brasileira e estatal; confira a lista

24 ago 2022, 12:00 - atualizado em 24 ago 2022, 12:35
Petrobras
A Janus Henderson lembra que os altos preços da energia levaram ao aumento dos fluxos de caixa corporativos nos mercados emergentes (Imagem: Bloomberg)

Com a disparada do petróleo, a Petrobras (PETR3;PETR4) se tornou a maior pagadora de dividendos do mundo no segundo trimestre, mostra índice de dividendos realizado pela Janus Henderson.

Segundo a gestora, a empresa distribuiu US$ 9,7 bilhões no trimestre – acima dos US$ 1 bilhão no segundo trimestre de 2021 – e lidera as empresas incluídas no índice, ultrapassando corporações como Nestlé, Río Tinto, Ecopetrol, Mercedes-Benz, China Mobile ou Microsoft.

A Janus Henderson lembra que os altos preços da energia levaram ao aumento dos fluxos de caixa corporativos nos mercados emergentes, onde as empresas de petróleo e gás normalmente representam uma grande parte do total de lucros corporativos.

O petróleo atingiu patamares recordes com a guerra na Ucrânia, com a oferta sendo colocada em xeque. A Rússia é o 7º maior produtos de petróleo do mundo.

De acordo com a Janus Henderson, o aumento dos preços do petróleo gerou US$ 14 bilhões em aumentos, mais da metade dos quais vieram da Petrobras no Brasil e grande parte do restante da Ecopetrol na Colômbia (que incluiu um dividendo especial)

“Na América Latina em particular, as altas receitas de petróleo e gás significaram que em mercados-chave, como Brasil e Colômbia, os produtores de petróleo contribuíram para todo o crescimento do segundo trimestre no pagamento de dividendos”, coloca.

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Dividendos no Brasil e na América Latina

Ao todo, os dividendos brasileiros atingiram US$ 10,4 bilhões no segundo trimestre de 2022, acima dos US$ 4,2 bilhões no segundo trimestre do ano passado, e o maior total da série da pesquisa (remontando a 2009). JBS (US$ 465 milhões) e Bradesco (US$ 219 milhões) também aparecem no índice.

A Colômbia também registrou um grande aumento em relação a 2021, com US$ 4,2 bilhões em dividendos no segundo trimestre de 2022 em comparação com US$ 0,2 bilhão em 2021.

“O forte resultado dos mercados emergentes – os dividendos subiram 22,7% em uma base subjacente – é particularmente impressionante, dada a ampla dispersão do desempenho nesta região”, destaca.

Além disso, a Janus Henderson destaca que os atores sazonais também favoreceram os dividendos brasileiros no segundo trimestre deste ano, o que sustentou o mix de taxas de câmbio dos mercados emergentes para o trimestre.

‘No geral, o crescimento principal dos mercados emergentes foi retido em 6,8 pontos percentuais devido à força do dólar”, diz.

Dividendos no mundo

No geral, a pesquisa descobriu que os dividendos globais subiram 11,3% para uma alta trimestral histórica de US$ 544,8 bilhões no segundo trimestre. O crescimento subjacente foi de 19,1%, uma vez que a força do dólar americano e outros fatores foram levados em consideração.

Apesar da significativa perturbação econômica causada pela pandemia, os dividendos globais superaram os níveis pré-pandemia.

“Além disso, a recuperação é tão forte que os dividendos estão agora apenas 2,3% abaixo da tendência de longo prazo, embora esse déficit marginal possa ser atribuído à força recente do dólar”, diz.

Para Ben Lofthouse, é importante não deixar a incerteza de curto prazo obscurecer a visão de longo prazo.

“Não há nada que sugira que os dividendos globais não possam sustentar a taxa de crescimento anual de 5-6% com a qual nos acostumamos. O ciclo econômico sobe e desce, as flutuações da taxa de câmbio se dissipam quase inteiramente no longo prazo e até o impacto do Covid-19 nos pagamentos globais já foi superado”, coloca,

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