A intenção da Petrobras (PETR4) com a Venezuela após sinal verde dos EUA
O presidente da Petrobras (PETR4), Jean Paul Prates, afirmou à agência especializada em energia epbr que a estatal considera investir na Venezuela após os Estados Unidos suspenderem temporariamente as sanções ao país latino-americano.
“A (suspensão) das sanções da Venezuela nos inspiram a pensar em seriamente considerar investimentos na Venezuela. E, absolutamente, pelo amor de Deus, não tem nada a ver com questões ideológicas ou políticas que possa haver entre os países, entre os dirigentes, etc”, discorre.
Prates lembra que a Venezuela possui maior reserva de petróleo do mundo, com 300 bilhões de barris de petróleo.
“Nós seremos protagonistas importantes. Nós Brasil e dentro do Brasil, a Petrobras será protagonista nas discussões. E aí vamos tomar as decisões. Você perguntou ‘influencia os planos?’ Certamente vai influenciar”, disse.
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Petrobras: EUA sobe restrições à Venezuela
Na noite na última quarta, o Tesouro dos Estados Unidos comunicou oficialmente que diminuiu as sanções à Venezuela em troca de eleições presidência mais limpas.
O acordo foi costurado há semanas por Nicolas Maduro e representantes do governo americano e surge em um momento em que os preços do petróleo ameaçam disparar por conta da guerra Hamas-Israel.
O Tesouro está preparado para alterar ou revogar as autorizações a qualquer momento se os representantes do presidente Nicolás Maduro não cumprirem os seus compromissos no acordo com a oposição, acrescentou.
As mudanças incluem a emissão de uma licença geral de seis meses para o setor de petróleo e gás na Venezuela e outra licença geral que autoriza negociações com a Minerven – a empresa estatal venezuelana de mineração de ouro.
Segundo analistas consultados pela Bloomberg, a suspensão de sanções sobre o setor petroleiro da Venezuela pode elevar em até 25% a produção do país. A capacidade de produção do país está na casa dos 750 mil barris por dia.
O problema, segundo especialistas, seria a infraestrutura do país, defasada após quatro anos de sansões e que não recebeu investimentos.
“A dúvida é o quanto a Venezuela poderá aumentar a produção no curto prazo. Se imagina que não deve ser fácil devido aos poucos investimentos que foram feitos durante os últimos anos na Venezuela. Ninguém sabe ao certo o quanto estão deteriorados os equipamentos e máquinas que poderiam aumentar a produção de petróleo”, explica Adriano Pires, sócio fundador do CBIE – Centro Brasileiro de Infraestrutura.
Com Reuters