A inadimplência para o Banco do Brasil (BBSA3) e a volta às compras da BrasilAgro (AGRO3) e Boa Safra (SOJA3); os destaques do Agro Times
A segunda semana cheia de novembro ficou marcada pelo fim da temporada de resultados, após balanços do agro para empresas como JBS (JBSS3), Raízen (RAIZ4), São Martinho (SMTO3), Jalles (JALL3), SLC Agricola (SLCE3) e Boa Safra (SOJA3) .
Fora isso, ouvimos analistas da StoneX e Safras & Mercado sobre o avanço dos preços do boi neste fim de ano, e como isso deve pesar nos preços das carnes ao consumidor.
Neste semana, os destaques do setor devem ficar para a última semana da COP29 e a Cúpula de Líderes do G20.
Os temas que mais se destacaram na última semana
A Marfrig (MRFG3) reverteu seu prejuízo de R$ 112 milhões no 3T23 e lucrou R$ 79,1 milhões no terceiro trimestre de 2024 (3T24), enquanto o mercado esperava um prejuízo líquido de R$ 218 milhões.
Segundo o BTG Pactual, a BRF (BRFS3) e os dividendos intercalares de R$ 2,5 bilhões (R$ 2,824256 por ação) “salvaram” os resultados da Marfrig no 3T24. Do valor de R$ 3,9 bilhões do Ebitda consolidado, que cresceu 60,4%, a BRF representou 77%.
O BTG ainda destaca que a BRF viu outro recorde para margem Ebitda no 3T24, sustentada por um sólido top line e alavancagem operacional, em meio ao bom momento do setor de frango, com um FCF (Fluxo de Caixa Livre) que permitiu o pagamento de R$ 946 milhões em JCP.
A 3tentos (TTEN3) promoveu um evento na quinta-feira (14), destinado a acionistas e investidores. Em forte crescimento, a empresa detalhou a expansão do mercado de grãos e insumos, com potencial de R$ 618 bilhões no Brasil, segundo IBGE e Conab. Diferentes analistas indicam que é o momento de comprar.
O “3tentos Day” contou com a participação de executivos da empresa, que apresentaram a evolução da companhia e perspectivas para o futuro.
Top 3 do agro
O ano de 2024 ficou marcado por investimentos, cautela e um clima desafiador para a Boa Safra (SOJA3), enquanto 2025 deve ser marcado por aquisições para aumentar a produção, disse Marino Colpo, CEO da companhia, em entrevista ao Money Times na quinta-feira (14).
Com o início da nova safra, a BrasilAgro (AGRO3), empresa focada em valorização de propriedades rurais por meio da produção, busca um ciclo melhor no período 24/25 do que aquele visto em 23/24.
Quem falou sobre o tema com o Money Times foi Ana Paula Zerbinati, diretora de Relações com Investidores da companhia. No primeiro trimestre da safra 2024/2025 (1T25), a empresa reportou um lucro líquido de R$ 97,457 milhões, crescimento de 225%.
1º lugar – Banco do Brasil (BBAS3): O ‘canto da sereia’ que piorou os números no 3T24, segundo CFO
O agronegócio, que era o grande bastião do Banco do Brasil (BBAS3) para atravessar os últimos anos e garantir lucros e rentabilidades dignos de bancos privados, agora virou fonte de preocupação para investidores e analistas.
No terceiro trimestre, o banco elevou as provisões para calotes em meio à piora do setor, o carro-chefe da estatal. Um conjunto de queda dos preços dos grãos, com clima desaforável e atraso do início do plano safra, piorou a linha.