A hora e a vez do setor de construção? Resultados recordes da Direcional e Tenda animam analistas
Os últimos resultados das companhias do setor de construção civil, especialmente da Direcional (DIRR3) e da Tenda (TEND3), deixaram os analistas da Ágora Investimentos, Credit Suisse e BTG Pactual otimistas.
Resta saber se este é o momento ideal para investir no setor.
O potencial da Direcional
A Direcional divulgou resultados recordes na prévia operacional do 3º trimestre de 2021. As vendas da companhia somaram R$ 643 milhões, uma alta de 40% ante o mesmo período do ano passado.
A Riva, subsidiária da Direcional voltada ao público de maior renda, teve papel relevante no volume de vendas, que respondeu por 37% do total vendido pelo grupo.
Para o BTG, a companhia reportou resultados sólidos, apresentando forte crescimento em lançamentos. O banco acredita que a velocidade de vendas foi positiva, já que a empresa está priorizando margens elevadas, e ainda completa: “Nós acreditamos que a Direcional está posicionada para continuar crescendo suas operações”.
O Credit Suisse defende o mesmo ponto de vista e acredita que os resultados da companhia sustentam a percepção de que a empresa é capaz de apresentar um crescimento forte e saudável tanto na Direcional quanto na Riva.
Os analistas do BTG reiteraram recomendação de compra para a Direcional, com preço-alvo de R$ 18,00. A Ágora seguiu a mesma indicação e ainda classificou as ações da companhia entre suas top picks, uma vez que enxergam a DIRR3 com um dos melhores momentos de lucros e valuation.
Resultados da Tenda
Seguindo o mesmo caminho da concorrente, a Tenda divulgou resultados históricos no 3º tri deste ano. A construtora registrou VSO (Venda Sobre Oferta) bruta recorde de 39,4%, alta de 3,1 pontos percentuais em um ano, conforme prévia operacional da companhia.
Segundo a Ágora, os dados divulgados foram resumidos números mistos, com vendas sólidas, lançamentos moderados e cancelamentos em ascensão, porém a corretora se posiciona “inclinando ligeiramente para o lado positivo” em relação à companhia.
“Gostamos da tese de investimento de baixa renda da Tenda e da opcionalidade da construção offsite, mas esperamos que as margens do 2S21 fiquem abaixo das expectativas, o que pode dificultar a dinâmica das ações”, completa a Ágora, em relatório.
Para o Credit Suisse, a construtora conseguiu entregar sua segunda melhor velocidade de vendas, 33%, de todos os tempos, apesar de aumentar os preços em aproximadamente 10% em todos os mercados, a fim de reforçar a visão de que a competição de players menores diminuiu significativamente.
O Credit Suisse mantém a classificação neutra para Tenda, mas ressalta que a assimetria está ficando mais positiva.
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