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A grande incerteza para a carne bovina em 2026; ‘Podemos vender ainda mais, mas depende totalmente da China’

30 dez 2025, 11:17 - atualizado em 30 dez 2025, 11:17
boi carne bovina china
O consumidor brasileiro também deve se preparar para pagar mais caro pela carne bovina e outras proteínas no próximo ano (iStock.com/shiota)

O “X da questão” para o mercado de carne bovina em 2026 está na continuidade das investigações conduzidas pela China sobre importações, que seguirão até 26 de janeiroSegundo Fernando Iglesias, analista de proteína animal da Safras & Mercado, a principal incerteza diz respeito às medidas que poderão ser adotadas pelo país asiático.

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“Quais serão as salvaguardas: cotas ou tarifas adicionais? Haverá um limite de crédito para os importadores? Vão desabilitar frigoríficos que contam com muitas unidades habilitadas? Tudo isso gera uma série de dúvidas”, disse, ao Money Times.  

Apesar do cenário nebuloso, o especialista avalia que, caso as condições de venda observadas em 2025 se mantenham no próximo ano — somadas a uma eventual abertura de mercado para Coreia do Sul e Japão e a uma ampliação das vendas para os Estados Unidos —, 2026 tende a ser um ano em que o Brasil poderá exportar ainda mais carne bovina.

“Não podemos cravar isso justamente pela decisão da China”, pondera Iglesias, que também enxerga uma perspectiva positiva para o confinamento em 2026. Mesmo com uma piora na relação de troca, a expectativa é de boa disponibilidade de insumos.

Prepare o bolso 

O consumidor brasileiro também deve se preparar para pagar mais caro pela carne bovina, já que as estimativas apontam para uma queda da oferta doméstica.  

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De acordo com a Safras & Mercado, a expectativa é que o abate passe de 41 para 39 milhões de cabeças de gado — uma retração entre 2,5% e 3% — refletindo a inversão do ciclo pecuário e a redução dos abates.

Com um menor poder de compra, o consumidor deve migrar para proteínas mais baratas como ovos, frango e embutidos. No entanto, esse movimento não deve enfraquecer os preços dessas outras proteínas, já que:  

  1. Com menos carne bovina, a demanda por proteínas mais baratas sobe.
  2. Exportações de frangos, suínos e ovos devem ser recordes em 2026.
  3. A influenza aviária impediu recorde do frango em 2025, mas 2026 deve bater 5,5 milhões de toneladas
  4. Carne suína também deve bater novo recorde nas exportações. 

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
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