A favorita da XP dentro do agronegócio; ‘4T24 será um potencial catalisador para ações’
A XP Investimentos enxerga a 3tentos (TTEN3) sua top pick (ação favorita) dentro do agronegócio. Os analistas divulgaram sua prévia do 4T24, e esperam outro trimestre forte e potencial catalisador para as ações, refletindo margens melhoradas quase em todas as linhas de negócio. A casa conta com recomendação de compra, preço-alvo de 17,70 e potencial de alta de 10,07% para a ação.
A corretora também elevou suas estimativas para para 2025 para Ebitda e LPA (lucro por ação) em 27% e 22%, respectivamente (8% e 4% acima do consenso).
“Embora 3tentos não seja uma das ações mais baratas em nossa cobertura, negociando a 10,7x P/L para 2025, ainda vemos a empresa a um múltiplo atrativo, especialmente considerando suas fortes perspectivas de crescimento (estimamos um CAGR de LPA de 17% de 2024 a 2026E) e um sólido histórico de execução”, apontam Leonardo Alencar, Pedro Fonseca e Samuel Isaak.
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Por outro lado, levando em conta ações de frigoríficos dentro do universo do agronegócio, a XP mantém sua preferência por JBS (JBSS3) e BRF (BRFS3).
TTEN3: 4T24 como catalisador e um modelo de negócio bem-sucedido
O preço das ações da 3tentos subiu quase 20% (comparado ao -4% do Ibovespa) desde a divulgação dos resultados do 3T24, que superaram as expectativas do mercado. Como resultado, os analista estimam um Ebitda ajustado de R$ 339 milhões (aumento de 57% ano a ano).
“Apesar da queda sequencial, antecipamos que a empresa manterá um forte impulso para ganhos, particularmente apoiado por margens mais altas na indústria (refletindo o aumento nos preços do biodiesel e custos saudáveis de soja) e melhorias nas margens em insumos agrícolas, apesar do ambiente competitivo desafiador em curso”, explicam.
Para os analistas, a 3tentos demonstrou que seu modelo de negócio verticalizado e diversificado gera valor significativo, proporcionando à empresa uma maior resiliência.
Para 2025, embora a perspectiva ainda não esteja clara, eles antecipam uma recuperação marginal nas margens para insumos agrícolas.
“Na indústria, projetamos margens ligeiramente mais baixas. No entanto, observamos que nosso cenário pessimista para a soja poderia apresentar um risco de alta a essa estimativa. No geral, esperamos margens consolidadas mais baixas, mas que devem ser mais do que compensadas por um forte crescimento da receita”.