A fala da ministra de Lula que fez o Ibovespa disparar (e levou MGLU3 e VIIA3 juntos)
O Ibovespa embalou a quarta alta consecutiva e fechou em disparada de 1,01%, a 107.114 pontos. Os mercados avaliam que uma queda da taxa básica de juros (Selic) está próxima.
Para o head de renda variável da A7 Capital, André Fernandes, o principal fator para a alta foram as declarações de Simone Tebet sobre o IPCA, dado de inflação brasileiro que será divulgado na sexta-feira.
A ministra do Planejamento afirmou que o indicador pode vir abaixo do esperado, trazendo um maior otimismo por parte dos investidores.
“Isso desencadeou um fluxo comprador em ativos sensíveis ao juros, e que se beneficiam de uma queda na taxa Selic”, coloca.
Papéis como Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3) lideraram as altas do pregão.
Além disso, Tebet disse que a aprovação do arcabouço fiscal deixará o Banco Central sem alternativa em relação à Selic.
“Não terá mais desculpas para não baixar o juro no Copom, nem que seja 0,25 ponto percentual. A cada condição que o BC coloca e a gente vai resolvendo, eles vão colocando outras. Vão colocar mais o quê?”, questionou.
Tebet era vista como um contraponto dentro do governo. No entanto, ela começou a endurecer as falas em relação ao Banco Central. Durante um debate organizado pelo Senado na semana passada, a ministra criticou o discurso de Campos Neto de dizer que as decisões da autoridade monetária são técnicas.
Pela manhã, o Banco Central divulgou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizado na semana passada.
No documento, a autoridade monetária manteve o tom apresentado no comunicado e voltou a dizer que “apesar de ser um cenário menos provável”, não hesitará em retomar a alta na taxa básica de juros caso a inflação acelere.
O Banco Central também aproveitou para reforçar alguns recados tanto para o mercados, quanto para o governo, que vem pressionando a autarquia a reduzir a Selic mais rápido.