Mercados

A fala da ministra de Lula que fez o Ibovespa disparar (e levou MGLU3 e VIIA3 juntos)

09 maio 2023, 17:27 - atualizado em 10 maio 2023, 8:22
Ibovespa-Ações-Mercados-B3
(Imagem: Patricia Monteiro/Bloomberg)

O Ibovespa embalou a quarta alta consecutiva e fechou em disparada de 1,01%, a 107.114 pontos. Os mercados avaliam que uma queda da taxa básica de juros (Selic) está próxima.

Para o head de renda variável da A7 Capital, André Fernandes, o principal fator para a alta foram as declarações de Simone Tebet sobre o IPCA, dado de inflação brasileiro que será divulgado na sexta-feira.

A ministra do Planejamento afirmou que o indicador pode vir abaixo do esperado, trazendo um maior otimismo por parte dos investidores.

“Isso desencadeou um fluxo comprador em ativos sensíveis ao juros, e que se beneficiam de uma queda na taxa Selic”, coloca.

Papéis como Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3) lideraram as altas do pregão.

Além disso, Tebet disse que a aprovação do arcabouço fiscal deixará o Banco Central sem alternativa em relação à Selic.

“Não terá mais desculpas para não baixar o juro no Copom, nem que seja 0,25 ponto percentual. A cada condição que o BC coloca e a gente vai resolvendo, eles vão colocando outras. Vão colocar mais o quê?”, questionou.

Tebet era vista como um contraponto dentro do governo. No entanto, ela começou a endurecer as falas em relação ao Banco Central. Durante um debate organizado pelo Senado na semana passada, a ministra criticou o discurso de Campos Neto de dizer que as decisões da autoridade monetária são técnicas.

Pela manhã, o Banco Central divulgou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizado na semana passada.

No documento, a autoridade monetária manteve o tom apresentado no comunicado e voltou a dizer que “apesar de ser um cenário menos provável”, não hesitará em retomar a alta na taxa básica de juros caso a inflação acelere.

O Banco Central também aproveitou para reforçar alguns recados tanto para o mercados, quanto para o governo, que vem pressionando a autarquia a reduzir a Selic mais rápido.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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