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À espera de Petrobras? Credit Suisse projeta “melhora substancial” no resultado

30 jul 2019, 19:53 - atualizado em 31 jul 2019, 7:48
CEO da Petrobras discursa na Latin America Investment Conference (Imagem: Patricia Monteiro/Bloomberg)

A Petrobras (PETR3PETR4) divulgará na próxima quinta-feira (1) seus números do segundo trimestre de 2019. A publicação ocorrerá após o fechamento do mercado.

Diante da iminência do resultado, o Credit Suisse listou suas projeções para a maior petrolífera da América Latina, além de mostrar prognósticos para a companhia.

De acordo com os analistas Regis Cardoso e Victor Schimidt, haverá “melhora substancial nos resultados operacionais em uma base sequencial”, o que fundamenta a “tendência positiva” destacada.

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Projeções

O Ebitda (geração operacional de caixa) recorrente da estatal deverá ser de R$ 30,4 bilhões, “a despeito do recuo da produção”. Por sua vez, o lucro líquido deverá ser de R$ 21,8 bilhões, com contribuição “substantiva dos ganhos de capital dos desinvestimentos”.

Em base recorrente, sem os efeitos dos desinvestimentos no lucro líquido, que totalizaram R$ 14 bilhões, os ganhos da petrolífera seriam de R$ 7,7 bilhões.

Ganhos a frente

A instituição financeira ressalta ainda que os ganhos de capital oriundos do desinvestimento na BR Distribuidora (BRDT3) serão contabilizados no terceiro trimestre.

Desinvestimentos na BR Distribuidora serão contabilizados a frente (Imagem: Dado Galdieri/Bloomberg)

Para o Credit Suisse, os ganhos dos desinvestimentos elevam a probabilidade de maior intervalo entre o pagamento de dividendos das ações preferenciais e das ordinárias, “com limitações aos papeis ordinários”.

Melhora sequencial

Na parte operacional, os analistas destacam que a melhora sequencial é guidada principalmente pela recuperação dos preços do petróleo (com alta de 7% no trimestre) e pela melhora na produção (com avanço de 4% na base trimestral). “Além disso, a desvalorização do real (de 4% em três meses) também contribui no resultado”, diz o Credit Suisse.

Por fim, os analistas esperam continuidade da desalavancagem, com redução da dívida líquida de R$ 68 bilhões para R$ 59 bilhões.

Outperform

O preço-alvo para os ADRs (American Depositary Receipts) é de US$ 21,00 para os próximos doze meses, upside (potencial de valorização) de 38,7% – de acordo com o fechamento da NYSE desta terça-feira (30). A recomendação é outperform (performance acima da média do mercado).