A empresários, governadores da Amazônia Legal se comprometem com agenda ambiental
Governadores de oito dos nove Estados que compõem a Amazônia Legal reafirmaram nesta quarta-feira, em reunião com um grupo de empresários para discutir a preservação da floresta amazônica, um compromisso com uma agenda ambiental e iniciativas que podem contribuir com essa pauta.
O consórcio empresarial — formado por CEBDS, Abag, IBÁ, Abiove e Rede Brasil do Pacto Global– entregaram aos governadores uma carta na qual defendem uma série de iniciativas, como a aceleração do processo de implementação do Código Florestal e garantir poder de polícia para combater o crime organizado ligado à grilagem e ao desmatamento ilegal.
“É preciso precificar o valor da floresta em pé. A preservação da floresta pode ser mais rentável do que o hectare de soja ou de pasto.
Tem que monetizar”, defendeu o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), em declaração distribuída à imprensa.
“Precisamos mobilizar recursos para desenvolver projetos, como os do Fundo Amazônia, por exemplo, que estão empoçados.
Tem também um fundo que o vice-presidente da República (Hamilton Mourão) se comprometeu em alavancar junto a empresas e ao BID”, disse o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).
A avaliação dos empresários foi a de que é preciso preservar o potencial da economia da região e que o próprio setor produtivo precisa fazer mais contra o combate ao desmatamento ilegal, que tem apontado uma percepção negativa da imagem do país no exterior.
O desmatamento na Floresta Amazônica registrou queda de 26,7% em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado, mas subiu 34,5% no acumulado em 12 meses, se comparado com o mesmo período anterior, mostraram dados preliminares do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgados na sexta-feira passada.