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A elétrica que se beneficiará com a tributação de dividendos

17 ago 2021, 19:32 - atualizado em 17 ago 2021, 19:40
E uma delas é a Alupar (ALUP11), aponta o Itaú BBA em relatório enviado a clientes e obtido pelo Money Times (Imagem: Unsplash/publicpowerorg)

A tributação de dividendos provocou preocupação nos mercados, mas o cenário não irá atingir todas as empresas de maneira igual. Algumas podem, inclusive, se beneficiar da mudança proposta pelo Governo Federal.

E uma delas é a Alupar (ALUP11), aponta o Itaú BBA em relatório enviado a clientes e obtido pelo Money Times. Segundo a corretora, a proposta atual favorece o crescimento em detrimento dos dividendos.

“Para Alupar, nós estimamos que o impacto positivo da redução do imposto de renda (12,5%) mais do que compensará o impacto negativo do imposto sobre dividendos e do fim do benefício fiscal dos juros sobre o capital próprio”, aponta.

A visão é diferente, porém, para a Transmissão Paulista (TRPL4) e a Taesa (TAEE11), cujo pagamento de proventos ficarão comprometidos com o impacto líquido negativo da reforma tributária.

Além disso, o BBA espera que a Alupar se beneficie da perspectiva dos preços elevados de energia, visto que tem 32% em volumes não contratados para 2021 e também para 2022.

Resultados

No segundo trimestre, a empresa lucrou R$ 323 milhões, alta de 320% ante mesmo período do ano passado, considerando os indicadores societários (IFRS).

Sem esse indicador, a alta do lucro foi de 58%, para R$ 79 milhões.

De acordo com o Inter Research, a companhia reportou bons resultados, com o segmento de transmissão, carro chefe da Alupar, apresentando boa evolução.

“Destacamos o empreendimento TCC, que entrou em fase comercial em mar/2021, agregando mais de R$ 45 milhões ao faturamento da companhia”, afirma.

Por outro lado, a geração vem sofrendo bastante desde 2020, prejudicando, em parte, os resultados operacionais da empresa.

“Embora o quadro se mantenha desafiador, os números reportados têm surpreendido positivamente, levando a um bom desempenho do segundo trimestre”, completa.

Houve ainda uma elevação de compra de energia elétrica, que somou R$ 48,7 milhões, elevação de 179%, em função da necessidade de comprar maior volume de energia para compensar o impacto da escassez hídrica.

“Como a compra foi a um preço médio (PLD) alto, isso impactou a geração de caixa do segmento de geração, que veio menor que no trimestre anterior, mas superior na comparação anual devido à forte expansão da receita com maiores volumes comercializados a melhores preços no mercado livre”, lembra o BB Investimentos.

Comprar ou vender?

O BB ressalta que as ações da Alupar têm apresentado estabilidade ao longo de 2021, amparado na previsibilidade de seu negócio.

“No entanto, acreditamos que o crescimento que está sendo materializado, com aumento de receita e geração de caixa a partir da aceleração dos inícios operacionais dos novos projetos, somado ao recente reajuste anual de parte de sua receita pelo IGP-M acumulado nos últimos 12 meses devem impulsionar o desempenho das ações no mercado ao longo do segundo trimestre”, argumenta.

O Inter também recomendou a compra dos papéis, afirmando que a ação tem um bom ponto de entrada. 

Veja as recomendações:

Corretora Recomendação Preço-alvo Potencial
Itaú BBA Compra R$ 35 45,80%
BB Investimentos Compra R$ 31,8 32%
Inter Research Compra R$ 30 25%

 

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