Comprar ou vender?

A elétrica privada com preços de estatal; ‘hora de comprar’, diz analista

09 maio 2024, 19:29 - atualizado em 09 maio 2024, 19:55
eletrobras elet3 1t24 ações
Para analistas, consolidação da Teles Pires pela Eletrobras foi um dos motivos que compensaram pontos negativos (Imagem: Pixabay)

A Eletrobras (ELET3) reportou seus resultados do primeiro trimestre de 2024 (1T24) nesta quarta-feira (08). Apesar da queda de 19% no lucro líquido na comparação anual, chegando a R$ 331 milhões, analistas continuam otimistas com relação à empresa.

Para Andre Sampaio e Guilherme Lima, analistas do Santander, a queda no lucro bruto ajustado em 0,1% na comparação anual, 2,3% abaixo da estimativa do Santander, ocorreu por conta de:

  • desinvestimento na Candiota;
  • redução dos preços da energia no mercado livre;
  • agravamento do deficit hídrico;
  • cancelamento de contratos em Itumbiara e Sobradinho.

O relatório cita que a consolidação da Usina Hidrelétrica Teles Pires, maires receitas da RBSE e ajustes inflacionários compensaram os pontos negativos, fazendo com que o banco tenha uma visão positiva para o nome.

O BTG Pactual, em relatório assinado por Gisele Gushiken e equipe, afirma que a empresa apresentou resultados satisfatórios no primeiro trimestre do ano, menos impactados por eventos pontuais em comparação com o quarto trimestre de 2023, sinalizando a recomendação de “compra”.

Os resultados operacionais abaixo da projeção tem como explicação para o banco principalmente o custo acima do esperado e o fato de receitas recorrentes do contrato de fornecimento de energia com a Amazonas Energia (R$ 432 milhões) terem sido provisionadas no primeiro trimestre devido ao aumento da inadimplência.

O relatório do BTG afirma que a queda de 4% ante o ano passado nas receitas de geração foi impulsionada pelo desinvestimento da UTE Candiota e os menores preços de energia, parcialmente compensados pela consolidação da Teles Pires no 4T23 e pelo efeito positivo do fim parcial do regime de cotas, com energia vendida no mercado livre a preços mais elevados.

Dívida líquida da Eletrobras é considerada confortável

Para a Genial Investimentos, a recomendação segue de “compra” para ações da Eletrobras, com consideração de um resultado neutro para a tese da empresa.

“Em linhas gerais, os resultados seguem refletindo o impacto das medidas de eficiência anunciadas ao longo do último ano – ainda que sem grandes novidades anunciadas relacionadas a novas medidas nesse sentido”, complementa o analista Vitor Sousa.

A Genial enxerga a Eletrobras negociando ao patamar de uma empresa estatal, mesmo que seja uma empresa privada em meio a um processo de transformação, com resultados considerados promissores a cada trimestre.

A dívida líquida de R$ 42,9 bilhões no 1T24 foi considerada confortável para o perfil de negócio da Eletrobras, de acordo com a Genial.

“Sendo assim, nos causou surpresa o conservadorismo da empresa em querer distribuir apenas o patamar mínimo regulatório”, complementa.

Para o analista, o conservadorismo pode ser derivado do ambiente político desafiador ou do uso do potencial de alavancagem para uma eventual aquisição.

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Estagiária
Jornalista em formação pela Universidade de São Paulo (ECA-USP). Apaixonada pela escrita e pelo audiovisual, ingressou no Money Times em 2023.
giovanna.pereira@moneytimes.com.br
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