Brasil

‘A década perdida no Brasil acabou’, diz ‘careca do Goldman’

10 nov 2023, 13:56 - atualizado em 10 nov 2023, 13:56
Brasil agronegócio Goldman Sachs PIB crescimento econômico
Elevação de preço das commodities deve impulsionar crescimento do Brasil (Foto: FreePik)

Robin Brooks, o economista-chefe do Instituto Internacional Financeiro (IIF, na sigla em inglês), reforçou o seu otimismo com o panorama da economia brasileira.

Conhecido nos corredores do mercado financeiro como ‘careca do Goldman’, uma alusão ao seu antigo emprego no banco de investimento, o economista-chefe do IFF foi a sua conta do X (antigo Twitter) para dizer que a “década perdida para o Brasil acabou”.

Segundo sua avaliação, a estagnação econômica vivida pelo país na década passada esteve ligada à “corrupção e uma política falida”, mas a principal âncora para o crescimento foi a abrupta queda do preço das commodities, haja vista queda de 70% do preço do barril de petróleo no triênio 2014-2016.

Mas a mudança no cenário internacional para commodities, com as exportações do agronegócio atingindo recordes e o preço do petróleo sendo guiado por uma tendência estrutural de déficit de oferta, o Brasil passou a se encontrar em um ambiente de exportações altamente favorável.

A sucessão de superávits na balança comercial do Brasil tem sido elogiada pelo economista, que vê nesse movimento uma forma de fortalecimento do real entre as moedas emergentes.

“A Suíça da América Latina”

Em um dos seus comentários na sua rede social, publicado em abril, o economista-chefe do IIF  chegou a afirmar que o Brasil estava no caminho para se tornar “a Suíça da América Latina.”

A comparação na época já fazia uma correlação da balança comercial superavitária com uma estabilidade externa cambial forte.

Ainda no início de 2022, o economista alemão afirmou que o valor do dólar correto seria R$ 4,50. Já no mês passado, Brooks voltou a proferir contra o pessimismo do mercado com a moeda brasileira.

“Claro, o Brasil não é perfeito, mas o resto dos países emergentes também não. Então, por que o real deveria ser negociado com um grande desconto em relação ao resto dos mercados emergentes?”, comentou.

Além do seu atual cargo, Brooks foi o economista-sênior do IMFNews, portal de notícias do Fundo Monetário Internacional. Ele também possui um pós-doutorado em Yale, obtido em 1998, e formação na London School of Economics.

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