A crônica de um rali na contramão: O brilho do Ibovespa, Tesouro Direto, tragédias em criptomoedas e outras notícias
A bolsa brasileira parece ter criado gosto por andar na contramão. É verdade que esse tipo de acontecimento não tem sido tão incomum nos últimos anos.
Desde a eclosão da pandemia, o Ibovespa vinha encontrando dificuldade para acompanhar a recuperação dos ativos de risco quando a liquidez era abundante.
Posteriormente, a alta dos juros, as incertezas fiscais e a turbulência política transformaram o principal índice da B3 em uma bolsa barata em relação a seus pares.
Mas algo parece ter mudado nos últimos dias. A apresentação de um novo arcabouço fiscal e a desaceleração da inflação fizeram o Ibovespa subir 6% apenas no acumulado desta semana.
Diante disso, mesmo contra todas as probabilidades, a bolsa descolou-se de outros mercados e protagoniza um rali na contramão.
Ontem, embora a sinalização do banco central dos Estados Unidos de que a economia norte-americana deva atravessar uma “leve recessão” no fim do ano tenha corroído parte dos ganhos na reta final da sessão, o Ibovespa fechou em alta e o dólar encerrou o dia abaixo dos R$ 5 pela primeira vez desde outubro do ano passado.
E, no exato momento em que as incertezas nos EUA poderiam acabar com a festa na bolsa brasileira, sinais de recuperação na China aparecem com o potencial de manter o fôlego para a recuperação por aqui.
Em março, o superávit comercial chinês bateu por muito as expectativas mais otimistas dos analistas.
Com isso, enquanto parte considerável do mercado já vê despontar no horizonte uma interrupção do ciclo de alta dos juros nos EUA, o dólar perde força nas mesas de câmbio mundo afora.
Tais movimentos proporcionam espaço para que o Ibovespa dê continuidade ao rali dos últimos dias e busque nesta quinta-feira sua quarta alta consecutiva.
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