‘A crise viajou’: Ida de Lula aos EUA ajuda o Ibovespa; entenda
O Ibovespa (IBOV) respira aliviado na primeira hora e meia do pregão desta sexta-feira (10). O sinal positivo tenta prevalecer, apesar dos ruídos políticos sobre as metas de inflação e ao ‘show de horror’ apresentado pelo Bradesco (BBDC4) ontem à noite.
Às 11h25, o Ibovespa subia 0,15%, aos 108.171 pontos. Já as ações do Bradesco figuravam entre os destaques de baixa, com as ações tombando mais de 7%.
O movimento reflete certa calmaria vinda de Brasília com a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos Estados Unidos. Ou seja, a visita oficial de Lula impõe uma trégua aos mercados.
“Essa viagem do Lula está ajudando, acalmou um pouco o burburinho político”, comenta um operador sênior de renda variável de uma corretora nacional. Ele se refere, principalmente, à queda de braço entre o governo e o Banco Central, às vésperas da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), no dia 16.
Lula calou e a crise viajou
Com isso, o desempenho dos ativos brasileiros remete a frases famosas de políticos, nacionais e internacionais. “Toda vez que o Sarney viajava, o FHC dizia que a crise viajou”, lembra o profissional citado acima, referindo-se aos ex-presidentes José Sarney e Fernando Henrique Cardoso.
Outra célebre frase é a que foi dita pelo rei Juan Carlos I, da Espanha, ao então presidente venezuelano Hugo Chavéz. “Por qué no te callas?”, indagou o monarca espanhol ao ex-líder do país vizinho.
Por ora, o silêncio de Lula traz momentos de paz aos negócios locais. No mesmo horário, o contrato futuro do dólar com vencimento em março cedia 0,95%, cotado a R$ 5,257.
Contudo, ainda pode haver algum vento contrário ao longo do dia. Afinal, Lula tem reunião marcada com o presidente norte-americano Joe Biden ainda hoje e amanhã (11) já retorna para o Brasil.