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A criptomoeda da China não passa de uma opção alternativa de pagamento?

29 jun 2020, 16:00 - atualizado em 29 jun 2020, 16:00
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Apesar de anos de estudo e desenvolvimento, a criptomoeda da China, DCEP, parece ser apenas uma opção alternativa de pagamento digital, sem muitos atrativos à população (Imagem: Unsplash/cliffordgatewood)

Embora grande parte dos bancos centrais estejam explorando as moedas digitais só agora, a China está há anos pesquisando por uma solução.

Segundo o site Decrypt, um ex-presidente do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) criou, em 2014, um Instituto de Pesquisa sobre Criptomoedas para explorar o possível uso de uma moeda digital emitida por banco central (CBDC).

A DCEP da China, abreviação para “moeda digital/pagamento eletrônico”, começou a ser testada nas cidades de Shenzhen, Xiong’An, Chengdu e Suzhou, onde está sendo usada para transporte, educação, assistência médica e outros bens e serviços.

Apesar de estar ganhando força, parece apenas uma outra solução de pagamento digital em um país onde quase não se usa mais dinheiro físico.

Para que a DCEP funcione assim como o dinheiro, o PBoC inventou um sistema chamado “links de contas ligeiramente associadas”.

Em sistemas tradicionais de pagamentos eletrônicos, uma transação só pode acontecer entre duas contas bancárias. Já no sistema DCEP, as transações podem acontecer entre duas carteiras DCEP, apesar de nenhuma ser associada a uma conta bancária.

Essa transação, explica o Decrypt, funciona sem a necessidade de um intermediário (como bancos e gigantes empresas de tecnologia), apesar de não acontecer em um blockchain.

Apesar de esse tipo de sistema fornecer um certo nível de anonimidade, DCEP ainda é um dinheiro programável.

O governo pode desativar uma carteira ou reverter uma transação com apenas um clique se quiser. Assim, esse “sistema blockchain” é altamente centralizado, ou seja, está sob controle do governo.

Assim como no mercado cripto, alguns desafios enfrentados pela adesão da DCEP são a colaboração entre o banco central, bancos comerciais e fintechs, como AliPay e WeChat Pay.

Porém, essas instituições já possuem suas próprias soluções de pagamento. Logo, a DCEP não os apresenta valor. Assim, o PBoC precisa de outros casos de uso para sua criptomoeda centralizada, além de apenas ser uma função de pagamento digital.