Copa do Mundo

A Copa do Mundo FIFA 2018 em números

06 jun 2018, 13:09 - atualizado em 06 jun 2018, 13:09

A próxima Copa do Mundo está marcada para 14 de junho a 15 de julho, convertendo-a em um grande evento para os milhões de fãs de futebol de todo o mundo e também para a economia russa.

Além das vantagens econômicas que uma Copa do Mundo pode trazer para um país, ela também impulsiona o desenvolvimento da infra-estrutura esportiva, de transporte e social, principalmente em um país como a Rússia, que sediará o torneio pela primeira vez.

Antes do início do torneio, é hora de dar uma olhada em alguns números sobre a Copa do Mundo FIFA 2018.

A Copa do Mundo na Rússia é a mais cara para um país anfitrião em toda a história da competição, com um custo total estimado de US$13 bilhões, dos quais 70% deles vão ser cobertos pelas administrações públicas locais, e os 30% restantes serão cobertos por investidores privados.

Em um detalhe mais profundo, a FIFA fez um grande investimento este ano, com US$627 milhões que serão destinados à organização local, US$400 milhões para prêmios, US$241 milhões para a produção de TV, US$209 milhões para o Programa de Benefícios para Clubes, US$78 milhões para soluções de TI, US $40 para hospedagem de equipes e mais US $353 milhões para despesas extras.

Do lado do investimento do governo russo e investidores privados, o investimento é muito maior. US$4,1 bilhões foram alocados para a construção de infraestruturas esportivas, US$2,1 bilhões para atividades de apoio, mas impressionantes US$6,8 bilhões foram direcionados para a melhoria do transporte dentro do país, concentrando o investimento de um evento de classe mundial, como a Copa do Mundo, em um ativo para a conectividade do povo da Rússia.

Embora apenas dois países pareçam ter as maiores chances de vencer o torneio, apenas alguns dias antes do pontapé de saída  – Alemanha com 20% e Brasil com 18,2% no Bumbet – o torneio incluirá equipes de 32 países e atrairá um número estimado de 500,000 visitantes estrangeiros ao torneio, que deixará um efeito visível na economia do país nos setores de varejo, restaurantes e hotelaria.

De acordo com estimativas feitas com base no derramamento econômico feito pelos visitantes internacionais da Copa anterior no Brasil, estima-se que cada visitante gaste entre US$5,000 e US$8,000 no total, durante o mês do torneio, ou seja, uma estimativa entre os US $2,5 a US$4 bilhões em entradas de dinheiro para o país anfitrião.

A Copa do Mundo acontecerá em onze cidades diferentes que estão aproveitando a infraestrutura de transporte feita pelo governo, para também elevar suas economias locais e continuar usando os estádios usados ​​para a Copa do Mundo após a final do torneio.

A fim de proporcionar aos seus visitantes e jogadores de futebol a melhor infra-estrutura de estádio possível, as cidades de Moscou, São Petersburgo, Kazan, Ekaterinburg, Volgogrado, Rostov-on-Don, Kaliningrado, Nizhny Novgorod, Saransk, Samara e Sochi construíram 6 novos estádios ultramodernos e renovaram os outros 5, para satisfazer as mais altas expectativas de seus visitantes, jogadores e da FIFA.

A tendência de aumentar o investimento feito a cada Copa do Mundo consecutiva, já está estabelecida há anos, levando os exemplos mais recentes em que a África do Sul gastou US$6 bilhões para preparar e sediar a Copa do Mundo de 2010, e para o Brasil, o custo da Copa do Mundo de 2014 foi de mais de US$11 bilhões.

No entanto, o investimento russo actual parece muito pequeno, quando comparado ao gasto astronômico de US$200 bilhões que o Catar fará pela construção de estádios, estradas e outras infraestruturas necessárias para sediar a Copa do Mundo em 2022.

Os investimentos não são a única coisa que teve um aumento constante durante a história do torneio, já que o grande prêmio em dinheiro que a FIFA paga a equipe vencedora da Copa, passou de US$35 milhões em 2014, para US$38 milhões para a edição atual.

Por seu lado, a FIFA obtém sua principal receita com a venda de direitos televisivos e comerciais, e o exemplo mais próximo, vem dos ganhos obtidos após a Copa do Mundo no Brasil, onde eles lucraram um total de US$2,6 bilhões.

Em um contexto mais amplo, da receita total de US$5,656 milhões orçados para o ciclo 2015 – 2018, US$5,555 milhões já haviam sido contratados um ano antes do final do ciclo. Isso significa que os itens da receita, como a venda de ingressos para a Copa do Mundo da FIFA e a hospitalidade, continuam sendo contabilizados para a receita total da Fifa depois da Copa do Mundo na Rússia.

De acordo com o presidente da FIFA, Gianni Infantino, a organização prevê que o resultado ao final do ciclo financeiro 2015 – 2018 ultrapasse os US$100 milhões que haviam sido orçados após a realização da Copa do Mundo no Brasil.