Opinião

A bolsa caiu? Fique feliz!

20 nov 2018, 16:07 - atualizado em 20 nov 2018, 1:29

Por Papo de Grana

Você investiu em ações na bolsa.
Ela sobe no primeiro dia. Você fica super feliz.
Ela cai no segundo dia. Você pensa “ok, faz parte”.
Ela cai no terceiro dia. Você já franze a testa.
No quarto dia, ela despenca, e você corre para resgatar o seu dinheiro.

Não. Não é isso que você tem que fazer e explicaremos o por quê.

Olhe o gráfico abaixo.

Essa queda ladeira abaixo ocorreu na bolsa brasileira entre o final de 2015 e início de 2016, quando o Ibovespa chegou a fechar em 38 mil pontos.

Agora veja o gráfico de lá até hoje:

Dois anos e meio depois, o Ibovespa ultrapassa os 85 mil pontos – e chegou a bater os 90 mil após o resultado das Eleições. Quem vendeu seus papéis lá em 2015 certamente ficou de fora de toda a valorização que veio depois.

Portanto, a primeira lição deste post é:

O comportamento da bolsa no curto prazo pode fazer com que você tome decisões erradas se agir no impulso.

Ações sobem e descem no curto prazo, mas o movimento da curva é sempre ascendente no longo prazo. Por isso, invista em ações apenas quando você não vai precisar desse dinheiro em poucos anos. Aliás, veja como não cometer erros investindo em ações aqui neste vídeo.

Bolsa em queda: oportunidade de ouro

Investir em ações é ser sócio de empresas e participar de todas as etapas do crescimento delas, inclusive dos momentos de baixa. Mas quando isso ocorrer, além do pensamento focado no longo prazo, você deve enxergar uma grande oportunidade.

Lição 2:
Bolsa em queda = ações mais baratas

Por isso que, no título desse post, a gente pede que você comemore os dias de mau humor do mercado. Bolsa em queda significa que há mais oferta do que procura, ou seja, muitos investidores se livrando dos seus papéis e pouca gente querendo comprar. Isso gera a queda no valor das ações e você paga mais barato pelo papel daquele empresa que você sempre foi fã.

E nada melhor do que virar sócio de gigantes como Apple, Google, Amazon, Disney, Ambev e por aí vai, pagando barato, não é?

Quando você vai comprar um tênis, não é muito melhor quando ele está na promoção? A analogia é a mesma para as ações de grandes empresas.

Como garantir a compra sempre na baixa?

O mercado é volátil e pouco previsível na maior parte das vezes. Por isso, compre com regularidade. Assim, você investe em momentos de baixa e de alta e, no longo prazo, faz o que se chama “preço médio”.

Veja no exemplo abaixo:

– No exemplo acima, você investe R$ 500 todos os meses.

– No primeiro mês, as ações da empresa “X” valiam R$ 10/cada. Portanto, com R$ 500 você conseguiu comprar 50 papéis.

– No segundo mês, as ações se valorizaram e passaram a custar R$ 12/cada. Com R$ 500, você só conseguiu comprar 41 papéis.

– Já no quinto mês, foram divulgados números da empresa e os resultados ficaram abaixo do esperado. Os investidores começaram a vender os papéis desesperadamente, o preço despencou e a unidade passou a valer R$ 7. Aí você, como um bom investidor, fez a festa e conseguiu comprar 71 papéis da empresa. Quando ela voltou a se valorizar, nos meses posteriores, você já ganhou com a valorização, mesmo tendo que pagar mais caro pela compra de novas unidades do papel.

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