A bolsa ainda dá pé? As 14 quedas do Ibovespa, Magazine Luiza e varejistas no vermelho, crise bancária e outros destaques do dia
Agosto tem sido um mês indigesto na bolsa. O Ibovespa fechou em alta em apenas um dos 15 pregões realizados no que vai do mês. Na segunda-feira, a queda foi de 0,85%. Com isso, o recuo do índice no acumulado de agosto já passa dos 6%.
O cenário global adverso e os persistentes ruídos políticos em Brasília levaram os investidores estrangeiros e seus bilhões para longe da B3 nas últimas semanas.
Enquanto os gringos ficam de olho em um ponto melhor de reentrada, os locais seguem tentando descobrir se a bolsa ainda dá pé.
Na ausência de indicadores econômicos relevantes, os participantes do mercado acompanham a cúpula dos Brics e comentários públicos de banqueiros centrais às vésperas do simpósio de Jackson Hole.
Nesta terça-feira, os temores de juros altos por mais tempo nas economias desenvolvidas refletem-se nas taxas dos títulos soberanos e no câmbio lá fora. Nas bolsas estrangeiras, porém, o sinal é azul, alimentado pelo noticiário corporativo.
A dúvida é se, por aqui, o Ibovespa vai conseguir acompanhar esse movimento em um dia no qual o governo e a Câmara tentam aparar as arestas do arcabouço fiscal com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fora do Brasil.
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O que você precisa saber hoje
VAREJO NO VERMELHO
O estrago da Selic: Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3) acumulam queda de mais de 85% na B3 em dois anos. Nomes do varejo brasileiro apanharam na bolsa de valores nos últimos 24 meses, período em que foi iniciado o ciclo de aperto monetário.
REVISÃO
Não é mais seguro? Banco americano tem nova preferida e rebaixa a Porto (PSSA3). Além de deixar de recomendar a compra dos papéis da seguradora, o JP Morgan também elevou o preço-alvo das ações de R$ 29 para R$ 32.
CRIPTOMOEDA DO BC
Primeira fase do Drex atrasa e só terminará em maio de 2024. Confira o cronograma de lançamento do Real digital. Segundo o Banco Central, a inclusão dos participantes para a primeira fase está mais lenta do que o previsto.
NO OLHO DO FURACÃO
S&P corta rating de quatro bancos regionais dos EUA e crise volta ao radar dos investidores. Os bancos regionais norte-americanos emitiram os primeiros sinais de alerta em março deste ano, com o SVB, e a agência de classificação de risco vê mais problemas no horizonte dos juros altos.
UM FANTASMA ANTIGO
Goldman Sachs no tribunal? Malásia cogita processo contra o banco após escândalo de corrupção em fundo soberano. As autoridades da Malásia e dos Estados Unidos estimam que cerca de US$ 4,5 bilhões foram roubados do 1MDB entre 2009 e 2014.
ESTRADA DO FUTURO
Agora todo mundo odeia as fintechs. Mas a ação de uma delas pode ser a próxima “oportunidade da vida” na bolsa. Apesar dos desafios para as fintechs de meios de pagamentos, na visão do colunista Richard Camargo, o ‘desastre’ parece incorporado aos preços absurdamente deprimidos do setor.
Uma boa terça-feira para você!