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A Amazon vai destruir a concorrência no Brasil?

15 out 2017, 18:21 - atualizado em 05 nov 2017, 13:53

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A Amazon no Brasil está, aos poucos, deixando de vender apenas livros, e-books e o leitor Kindle, para iniciar uma plataforma que irá ofertar celulares e equipamentos eletrônicos com apenas alguns parceiros que tenham um nível mais elevado de qualidade na entrega e atendimento.

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Essa expectativa vem sendo adiada ao longo de 2017 mas, segundo o Valor, isso irá de fato começar no próximo dia 18, quarta-feira.

“Embora as questões recentes envolvendo a sua operação de marketplace para livros (principalmente relacionada ao nível de serviço pós-venda e logística) pudessem impedir uma entrada mais rápida no mercado brasileiro, é um fato que a Amazon está também contratando e mais especialistas em atendimento e marketplace”, explicam os analistas do BTG Pactual Fabio Monteiro e Luiz Guanais, em um relatório publicado na sexta-feira (13).

Para o banco, que tem acompanhado os passos da gigante no Brasil, a presença dela não será um cataclismo no marketplace ainda incipiente do país. As empresas B2W (BTOW3), dona dos sites Americanas.com e Submarino, Magazine Luiza (MGLU3) e Wal Mart já atuam nesta área e têm investido cada vez mais as fichas do seu crescimento no online. O BTG estima em 10 o número de empresas que genuinamente espiram se tornar grandes no segmento marketplace.

A estimativa é de que as operações da Amazon no Brasil, vendas diretas e maketplace, já somem R$ 200 milhões de valor global de vendas, ou seja, o quanto foi vendido em sua plataforma (não representa as receitas).

“Ela já possui cerca de 20% do tráfego da Americanas.com.br e metade do tráfego da outra grande concorrente no comércio eletrônico (a maior parte do crescimento é orgânico, o que consideramos uma vantagem competitiva importante)”, pontuam os analistas.

Na visão do BTG, considerando o foco em níveis de serviços e no crescimento do tráfego nos próximos meses, a Amazon será uma das empresas vencedoras a se beneficiar do crescimento secular do setor de internet brasileiro.

“No entanto, o ritmo de expansão gradual da empresa deve ser semelhante ao que aconteceu em mercados como a França, a Itália e o Japão, na qual a Amazon enfrentou concorrentes bem estabelecidos, mas conseguiu se tornar um dos três principais players, com uma participação de mercado entre 10% e 15%”, concluem Monteiro e Guanais.

Ou seja, ao que parece, o crescimento da Amazon no Brasil tende a trazer mais desenvolvimento para um segmento ainda pouco explorado e não irá representar a diminuição ou extermínio da concorrência.

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