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Pechincha no radar: Esta ação pode disparar 110%, segundo BB Investimentos

26 jun 2024, 13:18 - atualizado em 26 jun 2024, 13:18
Vamos Seminovos
A Vamos tem as condições necessárias para consolidar o mercado no longo prazo (Imagem: Facebook/Vamos Seminovos)

Em uma bolsa barata e que derrete no ano, até boas empresas sofrem. E esse parece ser o caso da Vamos (VAMO3), empresa controlada pelo grupo JSL e que acumula queda de 20% no ano. O BB Investimentos iniciou a cobertura do papel com preço-alvo de R$ 15,9 até dezembro de 2025, o que abre potencial de 110%.

Segundo o analista Luan Calimério, a empresa tem espaço para crescer à medida que o setor de aluguel de veículos pesados se desenvolve e ganha penetração.

“Hoje, esse mercado é incipiente, com aproximadamente 44 mil veículos alugados, frente a uma frota total estimada de 3,9 milhões de veículos pesados no Brasil, o que configura uma penetração de menos de 2%”, coloca.

Para Calimério, a Vamos tem as condições necessárias para consolidar o mercado no longo prazo. O analista projeta aumento de frota para 46 mil, 56 mil e 63 mil caminhões em 2025, 2026 e 2027, respectivamente.

Isso geraria reprecificação de 8% nas taxas de aluguel e yield (retorno) médio de 2%; o que leva a companhia em 2025 a:

  • uma receita líquida de R$ 9 bilhões;
  • Ebtida de R$ 4,2 bilhões;
  • margem Ebitda de 47%;

A fim de financiar seu crescimento, o BB estima elevação do patamar de alavancagem da companhia para de 3,8x Dívida Líquida sobre o Ebtida em 2026 e 3,6x em 2027, sendo este seu pico (próximo ao limite de 4,0x para fins de covenants) e posterior redução gradual.

O poder da barganha

Por ser líder absoluto do setor — é possível estimar que seu market share é próximo de 80%, considerando sua frota de caminhões em aproximadamente 36 mil — o BB nota que a Vamos consegue negociar preços.

“Os serviços prestados pela Vamos geralmente envolvem ativos que são caros a seus clientes, o que cria uma relação comercial aparentemente mais forte para o lado da companhia e um poder de barganha aparentemente maior em suas negociações, tanto para início quanto para renovação dos contratos”, destaca.

E mais do que isso, a Vamos também consegue descontos com seus fornecedores, já que é o maior comprador de caminhões do Brasil.

“Tal condição é fundamental para a tese de investimentos, em nossa opinião. Entre 2019 e março de 2023, a companhia adquiriu aproximadamente 42 mil caminhões, máquinas e equipamentos”, coloca.

A vantagem também se estende no caso de eventuais aquisições de frota de seus próprios clientes e/ou concorrentes.

Riscos da Vamos

Entretanto, a despeito da visão construtiva para a companhia no longo prazo, o BB alerta que todo investimento incorre em tomada de riscos e, para a Vamos, não é diferente.

Seu modelo de negócios tem alta dependência de fatores como:

  • condições de crédito;
  • preços de veículos seminovos;
  • aumento da concorrência, entre outros, que podem impactar os fluxos de caixa da empresa e, por consequência, o preço de suas ações.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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