Comprar ou vender?

A ação que ganha com o ‘caos’ geopolítico; vale comprar?

18 jun 2024, 13:51 - atualizado em 18 jun 2024, 14:07
Aura Minerals
“As estrelas agora parecem mais alinhadas”, dizem analistas do BTG (Imagem: Reprodução/ Site)

Não é segredo para ninguém que o ouro é um ativo altamente procurado em crises geopolíticas. Sua escassez, junto com o fato de ser negociado mundialmente, faz com que a commodity se torne um porto seguro natural de investidores, bancos e até países. E em meio à guerra entre Rússia e Ucrânia, com a escalada da tensão entre Ocidente e o país de Putin e a China, e da guerra entre Israel e Hamas, o metal já disparou 15% no ano.

  • Como proteger os seus investimentos: dólar e ouro são ativos “clássicos” para quem quer blindar o patrimônio da volatilidade do mercado. Mas, afinal, qual é a melhor forma de investir em cada um deles? Descubra aqui. 

Além de investir diretamente no ouro, o investidor tem outra opção: comprar os papéis da Aura Minerals (AURA33). A ação, que chegou ao Brasil em 2020 e é negociada por meio de BDRs, já que a empresa é canadense, acumula alta de 44%. Se considerarmos fevereiro, o papel dispara 56%. Tanta alta chamou a atenção de corretoras e bancos, como o BTG.

Os analistas Caio Greiner e Leonardo Correa, que assinam o relatório, dizem que uma combinação de estabilidade operacional, ouro forte e crescimento criam uma ótima janela de oportunidade para a companhia. A recomendação é de compra, com preço-alvo de R$ 68, potencial de alta de 38% ante o último fechamento.

“Nos últimos trimestres, observamos sinais encorajadores de que a administração retomou o controle das operações”, explicam.  Para justificar o argumento, eles citam as minas de San Andrés e Apoena, que agora estão no caminho certo, após um 2022 e 2023 com produções abaixo do esperado.

A empresa também entregou com sucesso a mina Almas, no Tocantins, em um período recorde de 14 meses, além de ter na manga um projeto classificado pela dupla como transformacional: o Borborema.

“As estrelas agora parecem mais alinhadas por um desempenho superior contínuo das ações, com sólido impulso operacional […] A empresa já tem histórico comprovado na execução de projetos e está utilizando a mesma equipe para desenvolver a Borborema, o que consideramos encorajador”, observam.

Sobre o ouro, os analistas não esperam que o valor será sustentado nos atuais níveis no longo prazo, “mas talvez a nossa estimativa anterior de US$ 1.650/oz LT (onças líquidas) esteja se mostrando um pouco conservadora demais (agora elevada para US$ 1.700/oz)”.

Safra também gosta da Aura Minerals

E o BTG não é o único a recomendar Aura. O Safra iniciou a cobertura do papel com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 65.

Para os analistas Ricardo Monegaglia e Conrado Vegner, que assinam o relatório, o preço sobre o valor patrimonial líquido (P/NAV) de 0,7 x não reflete o valor total dos seus ativos, enquanto a faixa de P/NAV dos produtores de ouro intermediários está entre 0,9x – 3,5x.

“A Aura se destaca em comparação com a média de seus pares em termos de Ebitda (que mede o resultado operacional) e CAGR (taxa de crescimento anual composta) de produção em 2023-26 e rendimentos de FCF (fluxo de caixa) em 2024-26”, explicam.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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