A ação que ganha com melhora da perspectiva para recuperação judicial, segundo a XP
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Apesar de cortar o preço-alvo das ações da Vittia (VITT3) para R$ 6,90 (potencial de alta de 29,21%) na sua prévia do quarto trimestre de 2024 (4T24), incorporando um custo de capital mais alto e expectativas de crescimento mais baixas para o futuro, a XP Investimentos enxerga que o fundo do ciclo do setor ficou para trás em relação à saúde financeira dos agricultores e aos preços de insumos agrícolas.
Com isso, os analistas esperam um trimestre melhor na comparação anual, com crescimento de 16% para receita líquida (R$ 282 milhões), 88% para o Ebitda ajustado (R$ 80 milhões) e 12% para o lucro líquido (R$ 54 milhões)
“No entanto, não esperamos que os resultados do levem a revisões positivas nos lucros, uma vez que acreditamos que isso já está totalmente precificado pelo mercado. Apesar da melhora, o cenário competitivo e a perspectiva de preços permanecem desafiadores, em nossa visão, o que pode levar a riscos relevantes de queda para a tese”, explicam Leonardo Alencar, Pedro Fonseca e Samuel Isaak.
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No longo prazo, eles continuam a ver tendências positivas nos fundamentos de crescimento, especialmente considerando a baixa penetração de insumos biológicos entre os agricultores brasileiros, apesar de não verem catalisadores para as ações no curto prazo.
“Com a perspectiva para recuperação judicial dos agricultores melhorando, mas não resolvida, e preços ainda desafiadores, os resultados irão melhorar, embora destacamos a base de comparação fácil”, completam.
Uma melhor perspectiva para Vittia em 2025
Para o ano, a XP espera que a receita líquida continue aumentando, principalmente impulsionada por categorias de maior crescimento, notavelmente proteção biológica de culturas e fertilizantes foliares, o que provavelmente será positivo para a margem bruta da empresa.
“Estimamos que o aumento no lucro bruto levará a uma maior diluição de custos, o que impulsionará a expansão da margem Ebitda”.
No entanto, os números para 2025 estimados estão abaixo do consenso, 16% abaixo para receita líquida (R$ 876 milhões) e 20% para o Ebitda ajustado (R$ 160 milhões).
“Para o lucro líquido, estimamos em 2025 um lucro líquido de R$ 88 milhões, 22% menor que o consenso, negativamente afetado por maiores despesas financeiras devido ao aumento das taxas de juros”.