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A ação preferida do Goldman Sachs no setor elétrico investe em renováveis e pode subir até 34%

07 dez 2021, 15:43 - atualizado em 07 dez 2021, 15:43
Energisa
O Goldman Sachs recomenda a compra dos papéis da Energisa, com preço-alvo de R$ 62 (Imagem: Youtube/Energisa)

A Energisa (ENGI11) é um dos nomes do setor elétrico favoritos do Goldman Sachs. O grupo recomenda a compra dos papéis da companhia, com preço-alvo de R$ 62 — o que implica em uma potencial alta de 34% com base no último fechamento (6).

Para o Goldman Sachs, a companhia está sendo negociada com uma avaliação atraente e de longa duração. Além disso, o grupo defende que a diversificação geográfica da Energisa possa servir como uma proteção para os impactos específicos dos desafios econômicos em cada região do país.

Em seu dia do investidor, a Energisa apresentou seu plano estratégico para os próximos cinco anos, onde expôs iniciativas para diversificar sua atuação, aumentando a proporção de outros negócios em seu ebitda de 8% para 25% até 2026.

Até o final do plano, a empresa espera investir R$ 29,5 bilhões em iniciativas, incluindo R$ 14,5 bilhões na distribuição, R$ 4,5 bilhões na transmissão e R$ 2,3 bilhões na geração distribuída.

Segundo o Goldman Sachs, os principais destaques da estratégia da Energisa são: investimento em energias renováveis, iniciativas de biogás, aumento da presença em transmissão e desenvolvimento da área de comercialização e atendimento.

Para atingir suas metas, o Capex esperado pela companhia para o período de 5 anos é de R$ 29,5 bilhões.

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O que esperar do plano estratégico da Energisa?

Flavia Sounis e Pedro Manfredini, analistas que assinaram o relatório do Goldman Sachs, mantém uma visão positiva sobre o direcionamento estratégico do plano da Energisa.

“O plano de crescimento vem em um momento que o mercado está de olho nos próximos passos da empresa após a recuperação do Acre e Rondônia”, completam.

Apesar de gostar da estratégia de diversificação, o Goldman Sachs ressalta que os desenvolvimentos recentes apontam para um mercado de energias renováveis ​​com potencial excesso de oferta no médio prazo.

“Notamos que os retornos recentes tanto na geração quanto as transações de transmissão foram limitadas devido à forte concorrência”, diz o banco.

“Além disso, vimos recentemente vários players anunciando grandes pipelines em energias renováveis ​​para o médio prazo, o que poderia levar a um excesso de oferta no mercado, causando pressões de preços e retornos potencialmente limitantes”.