A ação preferida do Goldman Sachs no setor elétrico investe em renováveis e pode subir até 34%
A Energisa (ENGI11) é um dos nomes do setor elétrico favoritos do Goldman Sachs. O grupo recomenda a compra dos papéis da companhia, com preço-alvo de R$ 62 — o que implica em uma potencial alta de 34% com base no último fechamento (6).
Para o Goldman Sachs, a companhia está sendo negociada com uma avaliação atraente e de longa duração. Além disso, o grupo defende que a diversificação geográfica da Energisa possa servir como uma proteção para os impactos específicos dos desafios econômicos em cada região do país.
Em seu dia do investidor, a Energisa apresentou seu plano estratégico para os próximos cinco anos, onde expôs iniciativas para diversificar sua atuação, aumentando a proporção de outros negócios em seu ebitda de 8% para 25% até 2026.
Até o final do plano, a empresa espera investir R$ 29,5 bilhões em iniciativas, incluindo R$ 14,5 bilhões na distribuição, R$ 4,5 bilhões na transmissão e R$ 2,3 bilhões na geração distribuída.
Segundo o Goldman Sachs, os principais destaques da estratégia da Energisa são: investimento em energias renováveis, iniciativas de biogás, aumento da presença em transmissão e desenvolvimento da área de comercialização e atendimento.
Para atingir suas metas, o Capex esperado pela companhia para o período de 5 anos é de R$ 29,5 bilhões.
O que esperar do plano estratégico da Energisa?
Flavia Sounis e Pedro Manfredini, analistas que assinaram o relatório do Goldman Sachs, mantém uma visão positiva sobre o direcionamento estratégico do plano da Energisa.
“O plano de crescimento vem em um momento que o mercado está de olho nos próximos passos da empresa após a recuperação do Acre e Rondônia”, completam.
Apesar de gostar da estratégia de diversificação, o Goldman Sachs ressalta que os desenvolvimentos recentes apontam para um mercado de energias renováveis com potencial excesso de oferta no médio prazo.
“Notamos que os retornos recentes tanto na geração quanto as transações de transmissão foram limitadas devido à forte concorrência”, diz o banco.
“Além disso, vimos recentemente vários players anunciando grandes pipelines em energias renováveis para o médio prazo, o que poderia levar a um excesso de oferta no mercado, causando pressões de preços e retornos potencialmente limitantes”.