A ação para surfar no aumento de custos da madeira
O Bradesco BBI revisou uma tese de que a curva global de preços da celulose deve se inclinar para cima por causa do aumento dos custos da madeira.
“As tendências observadas pelo BBI no início de 2018 parecem estar progredindo em um ritmo mais rápido do que o esperado”, disse o banco em relatório assinado por Thiago Lofiego e José Cataldo (da Ágora).
Para o banco, players integrados como Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11) estão melhor posicionados para surfar no aumento dos custos da madeira, sendo que a primeira é a ação preferida dos analistas da instituição.
O preço alvo do BBI para o papel da Suzano é de R$ 90, em um momento em que a cotação é de R$ 57.
A premissa do BBI para preço de celulose de fibra curta no longo prazo é de US$ 540/tonelada. Para cada variação de US$ 50 por tonelada nos preços no longo prazo, diz, o valor justos dos ativos da Suzano varia 20%, e os da Klabin 15%.
O que impulsiona os preços, segundo o Bradesco BBI
Os Bradesco BII diz ver os preços de madeira suportados por tendências seculares de demanda por tissue e embalagens.
A instituição também cita a fibra virgem ganhando participação em detrimento da reciclada e potencial de mercados não tradicionais de alto crescimento, como têxtil, biocombustíveis e construção.
Os analistas do banco destacam uma restrição de oferta por causa de exportadores tradicionais de cavacos de madeira com potencial de crescimento mais limitado (falta de investimentos, maior demanda interna, entre outros).
Estariam ainda na lista de limitadores de oferta as mudanças climáticas (incêndios mais frequentes, secas, inundações, pragas com impacto na produtividade), além de novas fronteiras existentes, mas que enfrentam incertezas logísticas e políticas.
O banco também cita a necessidade crescente de certificações florestais como FSC e PEFC.
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