A ação para surfar a privatização do Porto de Santos, segundo o BTG
A Santos Brasil (STBP3) é a ação favorita do BTG Pactual para surfar a privatização do Porto de Santos, que está prevista para final de 2022, disseram analistas do banco em relatório desta quarta-feira (27).
Eles explicam que muitas empresas podem se beneficiar com a privatização do maior porto da América Latina, como a Rumo (RAIL3), Hidrovias do Brasil (HBSA3), Ecorodovias (ECOR3) e Wilson Sons (PORT3).
“No entanto, nossa principal escolha em infraestrutura continua sendo a Santos Brasil, que deve monetizar a crescente demanda de contêineres com sua execução operacional no Tecon Santos”, explicam Lucas Marquiori e equipe.
Segundo o BTG, a privatização do Porto de Santos será “muito positiva, construtiva e deve fortalecer ainda mais a governança do porto, estimulando o investimento e melhorando a eficiência operacional”.
Os especialistas dizem também que o maior porto do país possui um plano de longo prazo claro (e viável) que inclui um programa de expansão de capacidade que vai até 2040.
“A empresa tornou-se lucrativa, levando a uma geração de caixa mais forte para novos investimentos, além da distribuição de dividendos ao governo federal”, explicam.
Rumo pode se dar bem com a privatização do Porto de Santos
Mesmo que a Santos Brasil seja a favorita dos analistas, a Rumo também pode ser dar bem com a privatização, avaliam.
Segundo os analistas, isso acontece por causa da existência de um projeto voltado exclusivamente para melhorar o acesso terrestre ao porto.
Esse novo projeto, destinado a substituir o atual contrato da Portofer, terá um investimento total de R$ 1 bilhão, diz o banco.
Além disso, o capex será dividido entre os operadores ferroviários, de acordo com as suas cotas de carga da linha, sendo operada como uma associação, segundo o BTG.
E o mais importante, para os especialistas, é que a proposta que busca resolver importantes gargalos visando a operação de trens modernos no porto (com 120 vagões).
“Isso é uma notícia particularmente positiva para a Rumo, preparando-a para desbloquear a capacidade de grãos em Santos”, dizem.
“O cronograma de investimento para o FIPS funciona por 5 anos, mas a utilização de trens maiores poderia ocorrer mais rápido para alguns terminais”.
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