A ação de elétrica que Barsi gostaria de comprar a rodo (se pudesse)
O megainvestidor Luiz Barsi declarou, em entrevista ao site Inteligência Financeira, que gostaria de comprar mais ações da AES Brasil (AESB3), se pudesse.
“Acabei de comprar 5% da empresa. Gostaria que fossem 50%, mas não dá”, afirmou. Com a aquisição, comunicada em 5 de junho, Barsi passou a deter 30 milhões de ações da empresa.
Apesar do otimismo do investidor, alguns analistas veem a ação com ressalvas. O Safra, por exemplo, reiterou sua classificação neutra para a elétrica, após se reunir com representantes da companhia para discutir a estratégia da elétrica e especificidades do setor.
“Acreditamos que o início comercial dos projetos renováveis em desenvolvimento melhorará a geração de caixa, causando um processo natural de desalavancagem. No entanto, continuamos a ver esses níveis como um risco importante para a tese de investimento, que combinados com a avaliação atual, justificam nossa classificação”, pontuam os analistas.
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Já o JP Morgan sustenta que apesar do preço mais alto, “o AESB3 está sendo negociado a uma TIR (taxa interna de retorno) implícita apertada de 6%, merecendo, portanto, um underperform, equivalente à venda.”, justifica.
E mesmo classificando os resultados da AES como dentro do esperado, o Bank of America também possui recomendação underperform para a AES.
O banco diz que sua avaliação atual de 5,3% de TIR desconsidera a exposição acima da média dos riscos de preço de energia e rendimentos de dividendos pressionados.
No ano, a ação de AES Brasil acumula 23% de alta. Segundo o consenso da Reuters, de 13 analistas, cinco recomendam ficar neutro no papel, cinco indicam venda e apenas três possuem recomendação de compra. O preço-alvo médio é de R$ 12,64, potencial de alta de 8%.