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Ações das construtoras engatam queda, após prévias referentes ao 4º trimestre

18 jan 2022, 16:35 - atualizado em 18 jan 2022, 16:57
Construção Civil
Analistas do Santander afirmam que o ano de 2022 será desafiador para as construtoras brasileiras (Imagem: José Paulo Lacerda/CNI)

As ações das construtoras não tiveram uma resposta positiva às prévias operacionais referentes ao quarto trimestre de 2021 divulgadas na segunda-feira (17).

Por volta das 16h desta terça-feira (18), as ações das companhias do setor de construção civil caíam, enquanto o Ibovespa (IBOV) via uma pequena queda 0,17% a 106.195 pontos.

A MRV (MRVE3) — apesar de reportar um novo recorde histórico de vendas no último trimestre do ano passado, atingindo R$ 2,4 bilhões — puxava a fila de quedas, caindo 3,09% e cotada a R$ 10,66.

Em seguida, apareciam os papéis da Even (EVEN3), que caiam 2,10%, cotados a R$ 6,06. Diferente da MRV, a Even reportou resultados negativos, com queda de 37,4% nas vendas, somando R$ 400 milhões no trimestre.

Das companhias que divulgaram as prévias ontem, a única que se mantinha estável era a Melnick Even (MELK3), que, no mesmo horário, segurava sua cotação do dia anterior.

No período, a construtora lançou dois empreendimentos no montante de R$ 257,3 milhões de Valor Geral de Vendas (VGV), acumulando R$ 1,1 bilhão em 2021, ante R$ 686 milhões em 2020.

A Eztec (EZTC3), divulgou a prévia de seus resultados do quarto trimestre na noite de sexta-feira (14), e, desde então, as ações da companhia vem caindo. A EZTC3 fechou o pregão de ontem com queda de 0,59% e, hoje, no mesmo horário das outras análises, a ação caia 3,57%, cotada a R$ 17,84.

Apesar da queda, as vendas da companhia subiram 30,8% no período, atingindo R$ 369 milhões.

Nas perspectivas da Ágora Investimentos, uma das construtoras que mais caia hoje, a MRV, e a Direcional (DIRR3) serão os principais destaques positivos do setor quanto aos resultados relativos ao quarto trimestre de 2021.

No outro extremo, a corretora aposta que a Tenda (TEND3) deve mostrar um desempenho inferior aos seus pares.

Analistas do Santander afirmam que o ano de 2022 será desafiador para as construtoras brasileiras, devido ao menor poder de compra e confiança do consumidor, além da alta concentração de lançamentos na cidade de São Paulo, que cria um risco de superoferta habitacional em alguns bairros.

Outro ponto destacado pelo banco é a alta dos preços e das taxas de financiamento imobiliário, aliados ao endividamento do consumidor em máximas históricas.