89% dos internautas brasileiros passaram a usar carteiras digitais na pandemia
Carteiras digitais, ou eWallets, são aplicativos que permitem que os usuários façam pagamentos mobile em estabelecimentos físicos e online.
Os usuários podem tanto adicionar um saldo na conta, quanto cadastrar seus cartões de crédito e débito. Com o avanço da pandemia e a recomendação de que o dinheiro vivo seja evitado pelo poder de propagar o vírus da Covid-19, estes meios de pagamento caíram de vez no gosto popular.
É o que confirma um tracking da Toluna, empresa que fornece insights de mercado. No questionário, 89% dos entrevistados revelaram que passaram a usar este método de pagamento durante a pandemia.
Os tipos de carteiras digitais mais utilizadas pelos internautas, de acordo com a pesquisa, são: Paypal (68%), seguido pela PicPay (42%), Mercado Pago (41%) e Ame Digital (15%).
A pesquisa também apurou outra consequência financeira causada pela pandemia: 12% dos brasileiros conectados procuraram empréstimo bancário, mas não conseguiram que a instituição à qual solicitaram disponibilizasse o dinheiro.
Já 11% conseguiram dinheiro emprestado com familiares e amigos, enquanto 68% não precisaram solicitar dinheiro extra para bancos ou amigos e familiares.
Como a Toluna realiza trackings quinzenais em torno do assunto da pandemia da Covid-19, este mesmo questionário captou percepções que vão além do tema economia.
Por exemplo, 78% dos entrevistados disseram acreditar que possam ser reinfectados pelo coronavírus. E quando perguntados sobre o que mais sentem falta de fazer, devido ao isolamento social imposto, muitos revelaram que sentem falta de abraçar pessoas; outros confessaram que gostariam de ter a rotina de antes da pandemia de volta; enquanto uma outra parcela sente falta de encontrar pessoas.
Muitos gostariam de poder ir a restaurantes, enquanto outros desejariam apenas poder sair de casa ou mesmo andar na rua.
A pesquisa da Toluna foi realizada entre os dias 4 e 5 de fevereiro de 2021, com 827 pessoas (46% homens, 54 % mulheres) das classes A, B e C, segundo critério de classificação de classes utilizado pela ABEP – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa, onde pessoas da classe C2 têm renda média domiciliar de R$ 4.500 por mês.
Estudo feito com pessoas acima de 18 anos, de todas as regiões brasileiras, com 3 pontos percentuais de margem de erro e 95% de nível de confiança.