85% da população apoia que ricos paguem mais impostos; veja opinião dos candidatos à presidência

A maioria dos brasileiros é a favor da taxação de grandes fortunas. De acordo com um levantamento realizado pela Oxfam Brasil e pelo Datafolha, 85% da população defende que os ricos deveriam pagar mais impostos para financiar políticas sociais.

O número é ligeiramente mais alto do que o registrado na pesquisa do ano passado, na qual 84% dizia apoiar a taxação de grandes fortunas.

Os dados também mostram que 56% concordam com o aumento dos impostos em geral para financiar políticas sociais – mesmo patamar verificado na pesquisa de 2021. E 94% afirmam que o imposto pago deve beneficiar os mais pobres.

Eleições

O tema também não passa despercebido pelos candidatos à presidência. Ciro Gomes (PDT) afirma que vai estabelecer uma alíquota de 0,5% a 1,5% sobre fortunas acima de R$ 20 milhões.

A medida, que alcançaria cerca de 60 mil contribuintes e geraria uma receita anual de R$ 60 bilhões, tem como objetivo bancar um auxílio de R$ 1.000 para famílias vulneráveis. Atualmente, o Auxílio Brasil é de R$ 600, sendo que volta para o patamar de R$ 400 a partir de janeiro de 2023.

Jair Bolsonaro (PL) não menciona a taxação de grandes fortunas em seu plano de governo. No entanto, em sua live semanal realizada no dia 1º de setembro, o candidato aponta a taxação de lucros e dividendos como uma forma de manter o Auxílio Brasil de R$ 600.

Segundo o atual presidente, um imposto entre 15% e 27% para quem ganha acima de R$ 400 mil por mês seria suficiente para arcar com os custos do benefício mais robusto. Além disso, o ministro Paulo Guedes já sinalizou em eventos e entrevistas que pretende aumentar a tributação dos mais ricos.

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Em seu plano de governo, Lula (PT) sinaliza que pretende criar um novo regime fiscal. O objetivo é simplificar as taxas para que pessoas com menor poder aquisitivo paguem menos impostos, enquanto a maior taxação fica sobre os ricos.

Já Simone Tebet (MDB) promete, além de uma reforma tributária visada no consumo, aumentar a cobrança de impostos para os mais ricos através da taxação de lucros e dividendos.

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