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82% das grandes empresas cogitam investir em 2021

26 mar 2021, 14:19 - atualizado em 26 mar 2021, 14:19
Conselho-Empresas
Entre esses investimentos, há a possibilidade de que 35% sejam aplicados em melhorias do processo produtivo (Imagem: Pixabay)

Apesar das perdas causadas pela pandemia, o investimento das empresas segue ativo em 2021. Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) destaca que 82% das grandes empresas cogitam investir ao longo deste ano.

Entre esses investimentos, há a possibilidade de que 35% sejam aplicados em melhorias do processo produtivo. Em conjunto a isso, espera-se também que 33% sejam investidos no aumento da capacidade de produção, o que implica na compra de novas máquinas e na implementação de tecnologias durante o processo de trabalho.

O índice pode indicar a recuperação das indústrias desde o começo da pandemia, mas também está relacionado à sobrevivência delas no mercado em um contexto tão delicado quanto o de isolamento social.

Para as corporações que não constam entre as empresas que decidiram investir em 2021, 35% destacaram que não investem porque não há necessidade.

É válido destacar também que a porcentagem de companhias que não conseguem investir por falta de capital é de 33% – um número alto e que, com certeza, é refletido pelas dificuldades causadas pela pandemia.

Impactos da pandemia nos investimentos

Assim como em 2021, no ano passado, a maior parte das empresas tinha a pretensão de investir (84%). No entanto, com o impacto econômico causado pela pandemia, o capital das corporações ficou bastante prejudicado e outras estratégias foram adotadas.

Um dos setores mais impactados foi o do turismo, com queda de 25,26%, causada sobretudo pela diminuição de compras de passagens aéreas. Ainda assim, o setor investiu em mudanças durante o ano de 2020 e deve continuar com investimentos. Já em 2021 houve uma recuperação de 3% no MoM, o que apresenta uma perspectiva de melhora.

O estudo “Investimentos na Indústria 2020-2021” mostra que apenas 69% das empresas conseguiram, de fato, aplicar os investimentos desejados, um número bastante abaixo do esperado. Para se ter ideia, o registro é o segundo mais baixo na história da pesquisa, acima apenas do percentual de 2016, que fechou em 67%.

Dentro desses investimentos, 76% das empresas investiram na compra de novas máquinas ou equipamentos, tendo em vista que 23% adquiriram máquinas usadas. Houve também 68% das grandes corporações que investiram em manutenção ou na atualização das máquinas que já possuíam.

Ainda que o investimento tenha sido focado nas máquinas, muitas empresas também investiram em pesquisa e desenvolvimento (33%) como maneira de ampliar o negócio e sobreviver à crise do coronavírus.

Como reflexo das novas formas de trabalho, 30% das companhias também investiram em capacitação profissional e 24% aperfeiçoaram a gestão do negócio.

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