Fundos Imobiliários

7×1: Por que fundo imobiliário de papel derrete e é o pior do mês?

14 mar 2023, 12:53 - atualizado em 14 mar 2023, 12:53
Fundos imobiliários
Índice de fundos imobiliários exibe estabilidade com viés de alta, mas longe de recuperar seis dias seguidos de queda (Foto: Flávya Pereira/Money Times)

O índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 opera praticamente estável, sem direção definida. Ontem, o Ifix engatou a sexta queda seguida e fechou no menor nível desde meados de dezembro.

Por volta das 12h45 (de Brasília), o Ifix tinha ligeira queda de 0,03%, aos 2.772 pontos, ampliando a distância da marca dos 2.800 pontos. Contudo, o volume de negócios no pregão é baixo na comparação com dias anteriores.



O Versalhes Recebíveis (VSLH11) liderava as altas entre os fundos imobiliários, de 2,06%.

Por que fundo imobiliário tem derretido?

Entretanto, no horário acima, o fundo de papel Hectare CE (HCTR11) era novamente destaque de queda, caindo  mais de 5%.

Na véspera, o fundo encerrou o pregão com desvalorização pelo sexto pregão seguido, de 5,64%. Na semana passada, o FII foi o que mais acumulou perdas, de 15,6%.

O Hectare também é o fundo imobiliário que mais recua no acumulado do mês, pouco mais de 25%. Além de caminhar para a sétima queda seguida, em dez pregões do mês, o fundo fechou em alta em apenas um.

Para o analista da Empiricus Research, Caio Nabuco de Araujo, a sequência negativa do Hectare está atrelada à perspectiva de aumento de risco de crédito doméstico.

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“O fundo possui uma carteira high yield, com maior exposição a crédito de menor qualidade”, comenta. Ele acrescenta que a inadimplência com o CRI Circuito das Compras “pesou bastante” na cotação do FII na última semana. Mesmo após a empresa quitar o débito dois dias depois.

Na semana passada, o HCTR11, além dos fundos Versalhes Recebíveis e Devant Recebíveis (DEVA11), informou que a Forte Securitizadora estava inadimplente com o pagamento de juros e amortização de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) vencidos em 22 de fevereiro.

“Caso este cenário de dificuldade financeira persista, o fundo pode ser penalizado na inadimplência e, consequentemente, nos proventos. Com isso, há também uma reação volumosa do mercado quando vemos fluxo de investidores, um ‘efeito manada'”, avalia.

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