78% da receita pela venda de máquinas de mineração de bitcoin da Canaan veio do exterior
Canaan Creative (CAN), fabricante chinesa de hardware para a mineração de bitcoin (BTC), informou, em seu relatório financeiro do primeiro trimestre de 2021, que seu mercado internacional representou quase ⅘ de suas vendas no trimestre.
Nesta terça-feira (1º), a empresa afirmou ter gerado um lucro bruto de US$ 29,6 milhões no primeiro trimestre e um lucro líquido de US$ 61 milhões.
Além disso, por conta do crescente número de pré-vendas de compradores institucionais nesse período, sua responsabilidade contratual aumentou de US$ 67 milhões, em 31 de dezembro, para US$ 184 milhões, em 31 de março.
“Apresentamos resultados financeiros sólidos no trimestre, em que o total de receitas líquidas aumentou 489,9% no ano”, afirmou Tong He, diretor financeiro da Canaan, no relatório. “Tivemos um progresso significativo na expansão de nossa base global de clientes durante o trimestre.”
É importante destacar que o mercado internacional compôs 78% das vendas da Canaan no primeiro trimestre. É uma porcentagem bem impressionante em comparação ao primeiro trimestre de 2020, quando era de apenas 4,9%.
Isso se alinha às informações de que instituições europeias e norte-americanas foram as principais compradoras de equipamentos de mineração nos últimos seis meses, investindo bilhões de dólares nos modelos mais avançados de equipamentos de mineração.
Parece ser a primeira vez que a Canaan informa que suas vendas nacionais foram ofuscadas por seu negócio no exterior.
Até recentemente, compradores chineses eram as forças dominantes a comprar os novos modelos de equipamento de mineração não apenas da Canaan, mas também da Bitmain e MicroBT.
Canaan acrescentou que a quantidade de poder computacional vendido no primeiro trimestre totaliza dois exahashes por segundo (EH/s); um aumento anual de 122%.
As três maiores fabricantes chinesas — Bitmain, MicroBT e Canaan — devem quebrar, juntas, o recorde de mais de US$ 1 bilhão em receita em 2021, onde a maioria das fontes de investimento viria de instituições estrangeiras.
Enquanto isso, o recente comentário sobre a repressão da China, referente à mineração de bitcoin, fez com que mineradores locais pensassem em planos B e se preparassem para o impacto, o que pode incluir a realocação de seus equipamentos para fazendas fora do país.