77% dos CEOs do agro estão confiantes com o desempenho do setor nos próximos três anos
Empresários do agronegócio estão confiantes com as colheitas dos próximos três anos.
O bom vento entre os empresários é o que aponta a 24ª edição da Pesquisa Global com CEOs da PwC (24th Annual Global CEO Survey), com análise especial para o setor agropecuário.
A perspectiva no longo prazo, para 77% dos entrevistados na pesquisa, é bem mais sólida do que a média brasileira das demais indústrias — com média de 67% –, já que foi um dos que menos sofreu impacto com a pandemia da Covid-19.
O índice de confiança na lucratividade do segmento para 2021 também é maior que a média nacional, sendo 53% ante 49%, respectivamente.
Quase 50% dos respondentes informaram que a empresa ampliou o quadro de trabalhadores nos últimos 12 meses, enquanto, nos demais setores, o acréscimo foi de 31%.
Além disso, 63% dos CEOs do agronegócio têm expectativa de realizar mais contratações no próximo ano, número similar aos demais empresários (62%).
O estudo também aponta que mais de 50% dos líderes do setor consideram os mercados da China e dos EUA como os mais importantes para o crescimento dos seus negócios.
Ainda de acordo com a pesquisa, quase 50% dos líderes do agronegócio têm maior foco em reportar os impactos ambientais, pois está entre as áreas-chave e de valor para as companhias.
Impacto da pandemia
Em relação ao impacto da pandemia no gerenciamento de riscos, os líderes de agribusiness vão aumentar o foco na reavaliação de tolerância ao risco (66%) e na digitalização da função de gestão de risco (56%) — assim como a média nacional.
De acordo com quase 50% dos respondentes, a pandemia está impulsionando investimentos de longo prazo no agronegócio, em transformação digital, cibersegurança e privacidade de dados.
Sistema tributário
Como os demais setores, o agronegócio espera que as mudanças no regime tributário tenham maior impacto na estrutura de custo (87%) e nas decisões de planejamento e nas obrigações tributárias (73%).
O agronegócio e a média nacional percebem as mesmas ameaças ao seu crescimento.
Contudo, as ameaças preocupam uma parcela maior dos líderes de agro, sendo as três principais: incerteza da política tributária (73%); aumento da obrigação tributária (67%); incerteza política (63%).
Assim como na média nacional, os CEOs do agronegócio acreditam que um sistema tributário efetivo (77%), emprego (43%), educação (40%) e infraestrutura (37%) deveriam ser as prioridades do governo.