60% dos diplomatas estrangeiros veem crescimento da economia brasileira em 2019
O levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou que 60% dos diplomatas estrangeiros estão confiantes quanto ao crescimento da economia brasileira em 2019. Quanto ao restante, 13% dos representantes acreditam que o desempenho será pior, 22% disseram não ter opinião e 5% não responderam.
Chegou o Pré-Market Money Times! CADASTRE AGORA e Receba antes do mercado
Reformas
Sobre a aprovação da reforma tributária, 63% dos diplomatas estrangeiros concordaram que deve ser prioridade neste ano. Os representantes que destacaram a importância de se priorizar as reformas políticas, da Previdência e trabalhista correspondem a, respectivamente, 60%, 55%, 50%.
A pesquisa realizada pela confederação ainda mostrou que 69% veem o Brasil como um importante ator no cenário internacional. 25% dizem estar indiferentes quanto a isso, e somente 3% afirmam que o país tem pouca importância. Outros 3% não responderam.
Comitê bilateral
Quando questionados se o seu país mantinha um comitê bilateral com o governo brasileiro para discutir sobre comércio exterior e política econômica, 35% afirmam que sim, mas que não é suficiente. Uma parcela menor, 10%, diz que há um comitê e que ele é suficiente. 30% negam a existência de um comitê bilateral, 15% não souberam responder e 10% optaram por não responder.
De acordo com 60% dos diplomatas, é preciso estreitar as relações entre o Brasil e o seu país, propondo medidas de facilitação de comércio e redução da burocracia nos processos de exportação e importação. Para 53%, por outro lado, as relações devem priorizar a redução de impostos e a simplificação tributária.
As negociações de acordos comerciais é um fator que deve ser trabalhado pelo governo, segundo 30% dos respondentes. Outros 30% apostam na promoção de mais investimentos brasileiros no exterior e de novos negócios entre as companhias situadas em território nacional e as estrangeiras.
Do total de respondentes, 83% citam o Ministério das Relações Exteriores como o órgão do governo brasileiro com quem mantém uma relação mais próxima. Em segundo lugar vem o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, representando 58%, Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, com 33%, e Ministério da Defesa, com 20%.
Segundo Eduardo Abijaodi, diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, é possível trazer novos diálogos para as discussões entre os mercados envolvidos. “Há uma oportunidade para o novo governo ampliar nosso diálogo com os países parceiros em áreas pouco exploradas, como desenvolvimento industrial, inovação e turismo”.