6 setores que vão chamar a atenção dos investidores em 2021, segundo Yubb
O ano de 2021 terá a vacinação contra a Covid-19 como o principal fator de recuperação para os mercados, principalmente àqueles mais afetados pela pandemia. De acordo com Bernardo Pascowitch, fundador do buscador de investimentos Yubb, o acesso da população às vacinas beneficiará as empresas mais prejudicadas pelo coronavírus, colocando-as no centro das atenções.
“As empresas que sofreram muito por causa das quarentenas tendem a se destacar em 2021″, afirma o especialista. Na visão de Pascowitch, seis setores devem chamar a atenção dos investidores dentro de um cenário de vacinação: aéreo, shopping centers, turismo, shows e eventos, educação e bancos. Em relação às ações de empresas que subiram muito em 2020, como varejistas e ativos do setor de tecnologia, Pascowitch projeta um quadro sem grandes valorizações.
Ações estrangeiras
Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) serão um destaque à parte em 2021. Com o início do governo de Joe Biden nos Estados Unidos e um novo pacote de estímulos no país, Pascowitch acredita que pode haver uma grande valorização dos índices americanos.
“Muito dinheiro na economia aumenta o consumo, a receita das empresas e o apetite dos investidores em relação às ações. Com isso, pode haver novos recordes nos principais índices dos Estados Unidos”, explica.
Com a liberação dos BDRs a investidores pessoas físicas na Bolsa brasileira, o especialista acha bem provável que a liquidez das ações brasileiras vai aumentar em 2021.
Ibovespa acima dos 130 mil pontos
Um quarto dos assessores de investimentos de escritórios autônomos estima que o Ibovespa vai fechar o ano de 2021 acima dos 130 mil pontos, de acordo com a edição de novembro da pesquisa com agentes filiados à XP Investimentos.
A média das projeções é de 127.314 pontos, sendo que 36% dos assessores acreditam que o principal índice da Bolsa ficará na faixa dos 120-130 mil pontos e 23% projetam de 110 mil a 120 mil pontos.
Para a grande maioria dos assessores (85%), o cenário político no Brasil ainda é o maior risco para o Ibovespa em 2021. Já em relação aos aspectos que podem impulsionar o índice em 2021, a vacina se mostra como um dos principais motivos entre os assessores, sendo citada por 50% dos entrevistados. O cenário econômico brasileiro é mencionado por 22%, a liquidez global por 18% e a economia global por 8%.
“Esses resultados mostram que os assessores estão olhando tanto o cenário interno quanto o internacional como fatores que impulsionarão a Bolsa em 2021”, avalia a XP.